
A temperatura subiu nesta jornada 29, em todos os quadrantes da Liga Portuguesa. Na luta da liderança, o Porto não foi além de um empate em Braga e ficou a três pontos do Benfica. Mas os encarnados jogam em Alvalade na próxima jornada. Na luta europeia, o Braga viu-se ultrapassado pelo Vitória de Guimarães, numa muito peculiar luta minhota. No fundo da tabela, o Tondela venceu, igualando novamente o Nacional que perdeu com o Moreirense. Os cónegos voltam assim a estabelecer a distância de quatro pontos para os lugares de descida.
BELENENSES 1–3 ESTORIL
O dérbi da linha de Cascais teve consequências nefastas para o treinador do Belenenses. Quim Machado foi despedido dos azuis com esta quinta derrota consecutiva. O jogo, para as poucas pessoas que o viram, foi bom. Aberto, com muitos remates, domínio repartido, incerteza no resultado e golos. O primeiro foi do Estoril, e logo aos 10 minutos, com Kléber a marcar na recarga a um remate de Allano. A meio da primeira parte, o Belenenses igualou por Maurides, de cabeça, após centro de Hanin. Durou pouco o empate, pois três minutos depois Kléber devolveu a gentileza a Allano, e assitiu para o segundo dos canarinhos. Na segunda parte os da casa tiveram mais bola, mas era o Estoril que atacava melhor. Consequência disso foi o alargar da vantagem, já ao minuto 83’, num remate de fora da área de Carlinhos. O Estoril está cada vez mais longe da despromoção.
BOAVISTA 0–0 PAÇOS DE FERREIRA
Não foi um jogo entusiasmante o que se viu no Estádio do Bessa. O Boavista até entrou bem e o jogo podia ter tido outra história se Fábio Espinho tivesse concretizado o penálti aos 11 minutos. Mas atirou ao lado. Depois, em três minutos, Idris conseguiu fazer duas faltas para amarelo e ser expulso, aos 37. Jogando mais de metade do jogo com dez, o Boavista desapareceu e foi o Paços a tomar conta das operações. Mas nem contra o dez o Paços conseguiu a vitória, que já escapa há 7 jornadas. O Paços não conseguiu criar verdadeiro perigo e a melhor ocasião da segunda parte pertenceu ao Boavista.
BENFICA 3–0 MARÍTIMO
O Benfica ultrapassou mais uma “final” vencendo o Marítimo na Luz por três golos sem resposta. Numa primeira parte de domínio total encarnado, a bola parecia não querer entrar, num misto de defesas de Charles Marcelo e remates pouco ameaçadores dos encarnados. Mas quando surgiu o primeiro golo, abriu-se a torneira. Aos 34’, depois de um excelente trabalho de Rafa, o cruzamento do português foi desviado por Luís Martins para a própria baliza. Dois minutos depois, Jonas aumentou a contagem com um remate rasteiro, bem colocado, à entrada da área. Já na compensação da primeira parte, Jonas viria a bisar, na sequência de um canto. O Benfica aniquilou o Marítimo num curto espaço de tempo e, após o intervalo, limitou-se a gerir a vantagem.
V. SETÚBAL 0–3 SPORTING
Na visita a Setúbal, o Sporting conseguiu a quinta vitória consecutiva, confirmando o bom momento que atravessa. Os leões estiveram quase sempre por cima no jogo e o Vitória pouco ameaçou a baliza de Rui Patrício. O primeiro golo da partida surgiu ao minuto 20, com Gelson Martins a aproveitar a passividade da defesa sadina. O jogo foi para o intervalo com a vantagem mínima, mas o Sporting não abrandou após o descanso. Aos 55’, William Carvalho marcou de cabeça, na sequência de um canto de Bruno César. Seis minutos depois, Bas Dost marcou o seu golo, encostando após um excelente cruzamento de trivela de Alan Ruíz. Mais uma exibição segura dos leões, na jornada que antecede o dérbi com o Benfica.
AROUCA 2–0 FEIRENSE
Na recepção ao Feirense, o Arouca voltou finalmente às vitórias, depois de 8 jogos sem conseguir os três pontos. Com este triunfo, o Arouca alcança finalmente a marca segura dos 31 pontos. A equipa da casa foi superior na primeira parte e marcou aos 14 minutos. Kuca converteu o penálti que castigou falta sofrido pelo mesmo. No segundo tempo, o mesmo Kuca fez o segundo do Arouca, após cruzamento de Adilson Goiano. Foi só quando se viu a perder por dois que o Feirense despertou na partida e dominou os acontecimentos. Contudo, apesar de alguns lances de perigo, os fogaceiros ficaram em branco.
CHAVES 2–3 V. GUIMARÃES
A reedição do jogo da Taça não foi a vingança do Chaves. Os flavienses tiveram uma primeira parte de pesadelo. Apesar de terem tido mais bola, mais remates, os lances de verdadeiro perigo foram escassos. No contragolpe, o Vitória foi mortífero, apontando três golos sem resposta. O primeiro foi de Texeira, aos 12 minutos. Dois minutos depois, Hernâni aumentou a vantagem. Aos 36’, Hurtado fez o terceiro, afundando ainda mais o Chaves. Mas os transmontanos são uma equipa aguerrida e na segunda parte foram atrás do resultado. Com domínio ainda mais acentuado neste segundo tempo, os flavienses só marcaram o primeiro golo 75, por Rafael Lopes. O segundo surgiu logo dois minutos depois, por William, e no que restou de jogo, o Chaves podia mesmo ter empatado. Não o conseguiram e o Vitória saiu de Chaves com a quarta vitória consecutiva, ascendendo ao quarto lugar.
TONDELA 2–1 RIO AVE
Preciosa vitória para o Tondela, na recepção ao Rio Ave, que dá alguma esperança à equipa de Pepa. A equipa da casa adiantou-se cedo no marcador, com um auto-golo de Marcelo. O momento mais marcante aconteceu dois minutos depois, quando Cássio, o guardião do Rio Ave, foi expulso por uma falta à entrada da área. Mas mesmo a jogar com dez, os vila-condenses estiveram por cima do jogo até ao intervalo e chegaram mesmo ao empate, num bom golo de Krovinovic, após passe longo de Tarantini. Na segunda parte, o Tondela entrou por cima e marcou o segundo golo aos 62, num cabeceamento de Osorio, após canto de Pedro Nuno. Até ao fim, não houve mais golos e o Tondela volta a apanhar o Nacional.
BRAGA 1–1 PORTO
Depois de muitas semanas taco a taco com o Benfica, o Porto não conseguiu os três pontos em Braga. A equipa de Jorge Simão adiantou-se no marcador logo aos 6 minutos, com Pedro Santos a marcar de cabeça, após cruzamento de Cartabia. O Porto esteve por cima do jogo, mas criou poucas ocasiões para marcar. Já na compensação da primeira parte, uma mão de Óliver na área deu penálti para o Braga. Mas Pedro Santos desperdiçou a ocasião para bisar, atirando ao poste. Na segunda parte, o domínio dos azuis e brancos foi ainda mais acentuado. O golo do empate surgiu ao minuto 61, num canto de Alex Telles, desviado de cabeça pelo inevitável Francisco Soares. Até ao fim, as duas equipas tiveram poucas ocasiões claras e o empate não se desfez.
NACIONAL 0–1 MOREIRENSE
Depois de ter voltado às vitórias na jornada anterior, esperava-se um Nacional extra-motivado na recepção ao adversário directo Moreirense. Em caso de vitória, os insulares saíam da zona de despromoção. Mas o que se viu foi um Moreirense sempre por cima, a dispor de várias ocasiões para marcar. O único golo da partida surgiu ao minuto 15, por David Ramírez, de cabeça, a cruzamento de Rebocho. O Nacional nunca mostrou ser capaz de inverter o resultado e deu aqui uma triste imagem da equipa. Ainda é cedo para falar, mas este pode bem ter sido o jogo que condenou o Nacional à descida.








