Temperatura a subir para as últimas jornadas da Liga


A temperatura subiu nesta jornada 29, em todos os quadrantes da Liga Portuguesa. Na luta da liderança, o Porto não foi além de um empate em Braga e ficou a três pontos do Benfica. Mas os encarnados jogam em Alvalade na próxima jornada. Na luta europeia, o Braga viu-se ultrapassado pelo Vitória de Guimarães, numa muito peculiar luta minhota. No fundo da tabela, o Tondela venceu, igualando novamente o Nacional que perdeu com o Moreirense. Os cónegos voltam assim a estabelecer a distância de quatro pontos para os lugares de descida.

BELENENSES 1–3 ESTORIL

O dérbi da linha de Cascais teve consequências nefastas para o treinador do Belenenses. Quim Machado foi despedido dos azuis com esta quinta derrota consecutiva. O jogo, para as poucas pessoas que o viram, foi bom. Aberto, com muitos remates, domínio repartido, incerteza no resultado e golos. O primeiro foi do Estoril, e logo aos 10 minutos, com Kléber a marcar na recarga a um remate de Allano. A meio da primeira parte, o Belenenses igualou por Maurides, de cabeça, após centro de Hanin. Durou pouco o empate, pois três minutos depois Kléber devolveu a gentileza a Allano, e assitiu para o segundo dos canarinhos. Na segunda parte os da casa tiveram mais bola, mas era o Estoril que atacava melhor. Consequência disso foi o alargar da vantagem, já ao minuto 83’, num remate de fora da área de Carlinhos. O Estoril está cada vez mais longe da despromoção.

BOAVISTA 0–0 PAÇOS DE FERREIRA

Não foi um jogo entusiasmante o que se viu no Estádio do Bessa. O Boavista até entrou bem e o jogo podia ter tido outra história se Fábio Espinho tivesse concretizado o penálti aos 11 minutos. Mas atirou ao lado. Depois, em três minutos, Idris conseguiu fazer duas faltas para amarelo e ser expulso, aos 37. Jogando mais de metade do jogo com dez, o Boavista desapareceu e foi o Paços a tomar conta das operações. Mas nem contra o dez o Paços conseguiu a vitória, que já escapa há 7 jornadas. O Paços não conseguiu criar verdadeiro perigo e a melhor ocasião da segunda parte pertenceu ao Boavista.

BENFICA 3–0 MARÍTIMO

O Benfica ultrapassou mais uma “final” vencendo o Marítimo na Luz por três golos sem resposta. Numa primeira parte de domínio total encarnado, a bola parecia não querer entrar, num misto de defesas de Charles Marcelo e remates pouco ameaçadores dos encarnados. Mas quando surgiu o primeiro golo, abriu-se a torneira. Aos 34’, depois de um excelente trabalho de Rafa, o cruzamento do português foi desviado por Luís Martins para a própria baliza. Dois minutos depois, Jonas aumentou a contagem com um remate rasteiro, bem colocado, à entrada da área. Já na compensação da primeira parte, Jonas viria a bisar, na sequência de um canto. O Benfica aniquilou o Marítimo num curto espaço de tempo e, após o intervalo, limitou-se a gerir a vantagem.

V. SETÚBAL 0–3 SPORTING

Na visita a Setúbal, o Sporting conseguiu a quinta vitória consecutiva, confirmando o bom momento que atravessa. Os leões estiveram quase sempre por cima no jogo e o Vitória pouco ameaçou a baliza de Rui Patrício. O primeiro golo da partida surgiu ao minuto 20, com Gelson Martins a aproveitar a passividade da defesa sadina. O jogo foi para o intervalo com a vantagem mínima, mas o Sporting não abrandou após o descanso. Aos 55’, William Carvalho marcou de cabeça, na sequência de um canto de Bruno César. Seis minutos depois, Bas Dost marcou o seu golo, encostando após um excelente cruzamento de trivela de Alan Ruíz. Mais uma exibição segura dos leões, na jornada que antecede o dérbi com o Benfica.

AROUCA 2–0 FEIRENSE

Na recepção ao Feirense, o Arouca voltou finalmente às vitórias, depois de 8 jogos sem conseguir os três pontos. Com este triunfo, o Arouca alcança finalmente a marca segura dos 31 pontos. A equipa da casa foi superior na primeira parte e marcou aos 14 minutos. Kuca converteu o penálti que castigou falta sofrido pelo mesmo. No segundo tempo, o mesmo Kuca fez o segundo do Arouca, após cruzamento de Adilson Goiano. Foi só quando se viu a perder por dois que o Feirense despertou na partida e dominou os acontecimentos. Contudo, apesar de alguns lances de perigo, os fogaceiros ficaram em branco.

CHAVES 2–3 V. GUIMARÃES

A reedição do jogo da Taça não foi a vingança do Chaves. Os flavienses tiveram uma primeira parte de pesadelo. Apesar de terem tido mais bola, mais remates, os lances de verdadeiro perigo foram escassos. No contragolpe, o Vitória foi mortífero, apontando três golos sem resposta. O primeiro foi de Texeira, aos 12 minutos. Dois minutos depois, Hernâni aumentou a vantagem. Aos 36’, Hurtado fez o terceiro, afundando ainda mais o Chaves. Mas os transmontanos são uma equipa aguerrida e na segunda parte foram atrás do resultado. Com domínio ainda mais acentuado neste segundo tempo, os flavienses só marcaram o primeiro golo 75, por Rafael Lopes. O segundo surgiu logo dois minutos depois, por William, e no que restou de jogo, o Chaves podia mesmo ter empatado. Não o conseguiram e o Vitória saiu de Chaves com a quarta vitória consecutiva, ascendendo ao quarto lugar.

TONDELA 2–1 RIO AVE

Preciosa vitória para o Tondela, na recepção ao Rio Ave, que dá alguma esperança à equipa de Pepa. A equipa da casa adiantou-se cedo no marcador, com um auto-golo de Marcelo. O momento mais marcante aconteceu dois minutos depois, quando Cássio, o guardião do Rio Ave, foi expulso por uma falta à entrada da área. Mas mesmo a jogar com dez, os vila-condenses estiveram por cima do jogo até ao intervalo e chegaram mesmo ao empate, num bom golo de Krovinovic, após passe longo de Tarantini. Na segunda parte, o Tondela entrou por cima e marcou o segundo golo aos 62, num cabeceamento de Osorio, após canto de Pedro Nuno. Até ao fim, não houve mais golos e o Tondela volta a apanhar o Nacional.

BRAGA 1–1 PORTO

Depois de muitas semanas taco a taco com o Benfica, o Porto não conseguiu os três pontos em Braga. A equipa de Jorge Simão adiantou-se no marcador logo aos 6 minutos, com Pedro Santos a marcar de cabeça, após cruzamento de Cartabia. O Porto esteve por cima do jogo, mas criou poucas ocasiões para marcar. Já na compensação da primeira parte, uma mão de Óliver na área deu penálti para o Braga. Mas Pedro Santos desperdiçou a ocasião para bisar, atirando ao poste. Na segunda parte, o domínio dos azuis e brancos foi ainda mais acentuado. O golo do empate surgiu ao minuto 61, num canto de Alex Telles, desviado de cabeça pelo inevitável Francisco Soares. Até ao fim, as duas equipas tiveram poucas ocasiões claras e o empate não se desfez.

NACIONAL 0–1 MOREIRENSE

Depois de ter voltado às vitórias na jornada anterior, esperava-se um Nacional extra-motivado na recepção ao adversário directo Moreirense. Em caso de vitória, os insulares saíam da zona de despromoção. Mas o que se viu foi um Moreirense sempre por cima, a dispor de várias ocasiões para marcar. O único golo da partida surgiu ao minuto 15, por David Ramírez, de cabeça, a cruzamento de Rebocho. O Nacional nunca mostrou ser capaz de inverter o resultado e deu aqui uma triste imagem da equipa. Ainda é cedo para falar, mas este pode bem ter sido o jogo que condenou o Nacional à descida.

Haverá ressurreições na jornada de Páscoa da Liga?


No fim-de-semana da Páscoa, o calendário da Liga Portuguesa terá algumas nuances. Muitos jogos à sexta, nenhum jogo no Domingo, e um fim-de-semana muito pouco católico na Liga Portuguesa. A luta está ao rubro. Benfica e Porto têm jogos complicados e, no fundo da tabela, há um duelo que pode, finalmente, mexer nas equipas em zona de despromoção. Será que vamos assistir a alguma ressurreição futebolística?

BELENENSES — ESTORIL [SEXTA 14, 16H00]

Com quatro derrotas consecutivas, o Belenenses atravessa uma fase muito negativa. Os azuis têm a manutenção assegurada e talvez a falta de objectivos esteja a motivar esta quebra de rendimento. O Estoril não está tão descansado, e depois da derrota caseira com o Nacional ainda menos. Por isso, é expectável que os canarinhos se apresentem com vontade de vencer. Se o Belenenses não melhorar o seu rendimento, a vitória visitante poderá mesmo acontecer.

BOAVISTA — PAÇOS DE FERREIRA [SEXTA 14, 16H00]

Boavista e Paços estão mais ou menos no mesmo estado de espírito do Belenenses: manutenção garantida e sem objectivos. Os axadrezados vêm de duas derrotas e os pacenses não vencem há seis jogos (dos quais cinco são empates). A jogar em casa, e com Iuri de volta às opções, há favoritismo dos portuenses, mas o empate não é um resultado a descartar, já que é a especialidade do Paços. Acima de tudo, é um jogo que interessa pouco para as contas da Liga. Esperemos que isso não se reflita na qualidade do futebol.

BENFICA — MARÍTIMO [SEXTA 14, 18H15]

Depois da vitória sofrida (e sofrível) em Moreira de Cónegos, o Benfica regressa à Luz para mais uma “final”. O Marítimo não é um adversário fácil, com a Europa como objectivo. Ainda assim, não deverá ser uma equipa demasiado fechada e, se estiver com a pontaria afinada, o Benfica pode aproveitar isso para marcar. Os encarnados jogam antes do Porto e têm oportunidade de meter pressão nos dragões, que têm deslocação difícil. O favoritismo está todo do lado do Benfica, mas a qualidade de jogo tem de subir face ao jogo anterior, caso contrário haverá mais dissabores.

V. SETÚBAL — SPORTING [SEXTA 14, 20H30]

Vitória de Setúbal e Sporting voltam a encontrar-se em Setúbal, depois do episódio Gauld/Geraldes. Desta vez, os leões não poderão retaliar em caso de resultado negativo. O Vitória é mais uma daquelas equipas com a época resolvida, mas tem mostrado especial entusiasmo nos jogos contra os grandes. Num excelente momento de forma, o Sporting é favorito neste jogo e poderá aproveitar o entusiasmo sadino para marcar golos. Ainda assim, o Vitória já mostrou que não pode ser subestimado pelos grandes.

CHAVES — V. GUIMARÃES [SÁBADO 15, 16H00]

Este será, certamente, um dos jogos mais empolgantes da jornada. Depois do jogo da Taça, onde o Chaves venceu mas ficou arredado da final pelo somatório das duas mãos, os flavienses querem vingar-se. Para tal, só precisam de repetir o que fizeram na Taça. Aqui, a vitória não terá um sabor amargo. O Vitória está num excelente momento de forma, com três vitórias consecutivas, e isso contribuirá para fazer deste um excelente espectáculo. É difícil prever o vencedor, mas talvez haja um ligeiro favoritismo do Chaves.

AROUCA — FEIRENSE [SÁBADO 15, 16H00]

O Arouca pôs fim a uma série longa de derrotas, com um empate na última jornada. Em casa frente ao Feirense, os arouquenses querem atingir finalmente a meta dos 30 pontos, ainda que a manutenção já não escape. Mas o Feirense está a jogar bom futebol. Perdeu em casa com o Braga, mas voltou a deixar muitos boas indicações, como nos três jogos anteriores, em que venceu. Apesar do factor casa, o Arouca não parece merecer favoritismo para esta partida.

TONDELA — RIO AVE [SÁBADO 15, 18H15]

Depois da vitória do Nacional, o Tondela ficou sozinho no fundo da tabela. A recepção ao Rio Ave não é um jogo nada fácil, mas a equipa de Pepa tem de dar tudo no que falta de campeonato. Esta jornada, penúltimo e antepenúltimo defrontam-se, pelo que o Tondela pode ganhar pontos a um deles, ou a ambos. Só que o Rio Ave ainda luta pela Europa e vai querer vencer este jogo. Os visitantes são a melhor equipa e têm favoritismo para este jogo. Será preciso um grande Tondela para conseguir a vitória que escapa há muitas jornadas.

BRAGA — PORTO [SÁBADO 15, 20H30]

O jogo grande da jornada tem lugar em Braga, onde os arsenalistas recebem o Porto. Quando entrarem em campo, Braga e Porto já saberão os resultados dos adversários directos, Vitória de Guimarães e Benfica. Este é um dos jogos mais complicados para os dragões, na caminhada para o título. É difícil prever o que vai acontecer mas, apesar de jogar fora e num terreno muito complicado, o Porto tem favoritismo. Além disso, os dragões sabem que a seguir o Benfica vai a Alvalade, por isso querem manter a pressão em alta.

NACIONAL — MOREIRENSE [SEGUNDA 17, 20H00]

Depois do Domingo sem jogos, a jornada encerra na segunda, com um escaldante duelo pela manutenção. Em zona de descida, o Nacional está neste momento apenas a um ponto do Moreirense. Uma vitória dos insulares mexe na tabela e deixa o Moreirense em zona de descida. Por isso, este é um jogo em que as duas equipas vão estar, ao mesmo tempo, com muita vontade de vencer e muito medo de perder. O factor casa dá favoritismo ao Nacional, mas é impossível prever o que vai acontecer nos Barreiros.

Só se falou de Dortmund, mas foram outros a brilhar


A primeira mão dos quartos de final da Champions fica, inevitavelmente, marcada pelo ataque ao autocarro do Dortmund. Episódios tristes à parte, em campo, o Dortmund — Monaco foi, como se esperava, um grande jogo. Os franceses levam uma boa vantagem para a segunda volta. O Barcelona voltou a sofrer derrota pesada, em Turim. O Real tem as coisas bem encaminhadas, tal como o Atlético. Aqui fica o que se passou, jogo a jogo.

JUVENTUS 3–0 BARCELONA

A visita a Paris não serviu de lição ao Barcelona. Os catalães voltaram a jogar fora na primeira mão e voltaram a sofrer uma derrota pesada. Em Turim, o Barça não teve estofo para a Juve. O astro argentino da noite não foi Messi, mas sim Dybala. Com dois golos, o avançado da Juventus foi fundamental para a sua equipa. O Barcelona, claro, teve mais posse, bastante mais posse, mas também muita dificuldade em furar as linhas dos italianos. Depois do 2–0 ao intervalo, a Juventus ampliou a vantagem aos 55’, com um cabeceamento de Chiellini. Mais uma segunda mão complicada para os blaugrana.

DORTMUND 2–3 MONACO

O ataque ao autocarro do Dortmund pouco antes da hora marcada fez com que o jogo fosse adiado para o dia seguinte e deixou Bartra fora da partida. Ainda assim, aquilo que se esperava aconteceu: um excelente jogo de futebol entre duas grandes equipas. Os alemães foram a equipa mais dominadora, mas o contra-ataque mortífero dos monegascos fez estragos, muito estragos. Os franceses até começaram por desperdiçar um penálti, que Fabinho atirou ao lado. Mas depois Mbappé adiantou a equipa, aos 19 minutos, e aos 35 surgiu o 0–2, num auto-golo de Bender. O Dortmund reduziu no segundo tempo, por Dembelé, mas Mbappé voltou a fazer estragos, com o bis 79. Já perto do fim, aos 84, Kagawa reduziu para 2–3, um resultado que deixa tudo mais ou menos em aberto.

ATLÉTICO DE MADRID 1–0 LEICESTER

Em Madrid, o jogo entre Atlético e Leicester foi mais morno. Com o domínio quase total da equipa da casa, o único golo da partida surgiu ao minuto 28, por Griezmann. O francês marcou de penálti, a castigar uma falta que o próprio tinha sofrido. As ocasiões de golo escassearam neste duelo — o lance mais perigoso foi uma remate de longe de Koke, ao poste, quando o jogo ainda estava a zeros. Com este resultado, embora negativo, o Leicester ainda pode sonhar em dar a volta à eliminatória no seu reduto.

BAYERN 1–2 REAL MADRID

O Real Madrid deu um passo de gigante rumo à passagem na difícil eliminatória contra o Bayern. A jogar em casa, os bávaros entraram melhor, mas o Real foi equilibrando as coisas. Ainda assim, foi o Bayern a inaugurar o marcador, com uma cabeçada fortíssima de Vidal, na sequência de um canto, aos 25 minutos. Na compensação da primeira parte, o mesmo Vidal viria a desiludir, falhando um penálti, naquele que terá sido o momento mais decisivo da partida. Na segunda parte, o Real entrou com mais garra e marcou logo aos 47’, por Cristiano Ronaldo. A vida do Bayern complicou-se ainda mais à passagem da hora de jogo, com a expulsão de Javi Martínez, por duplo amarelo. Aos 77, Ronaldo fez o bis, o ceu 100º golo em provas europeias, e deixou os blancos em excelente posição para garantir a passagem no Bernarbéu.

Últimas semanas de recruta ao rubro na Liga Portuguesa


A Liga Portuguesa continua ao rubro. Agora, além da luta pelo título e pela Europa, a manutenção também começou a agitar. Aliás, nesta jornada, os seis primeiros classificados venceram todos. Portanto, mexidas só mesmo lá no fundo. O Nacional venceu finalmente (algo que não acontecia há muito, muito tempo) e beneficiou das derrotas de Tondela, Moreirense e Estoril (que foi a equipa que derrotaram) para ganhar pontos a todos os concorrentes directos. Ainda assim, continuam em posição de descida.

FEIRENSE 0–1 BRAGA

O Braga superou a deslocação complicada a Santa Maria da Feira, num jogo bem disputado e que esteve longe de estar resolvido. Apesar disso, os bracarenses foram a equipa que mais procurou a vitória e a que esteve por cima no jogo. Na primeira parte, o Feirense causou pouco perigo e o Braga pareceu sempre mais perto do golo. Perto do intervalo, Cartabia aproveitou um péssimo alívio da defesa fogaceira e rematou de primeira para o golo, aos 41 minutos. Após o descanso, o Braga entrou melhor e podia ter ampliado a vantagem. Como não o fez, sofreu até ao fim, com o Feirense a desperdiçar algumas ocasiões para empatar. A mais flagrante foi um penálti, que Etebo bateu, permitindo a defesa de Marafona.

PAÇOS DE FERREIRA 1–1 AROUCA

Chegou ao fim a série de derrotas consecutivas do Arouca. A primeira parte do jogo, em Paços de Ferreira, quase só teve ocasiões para a equipa da casa. Os pacenses chegaram ao golo muito cedo, com Ricardo Valente a marcar logo aos 6 minutos. Depois foram desperdiçando ocasiões para ampliar. Já perto do intervalo, o Arouca ameaçou pela primeira vez, com Sami a atirar uma bomba do meio da rua, que embateu com estrondo na barra. No segundo tempo, o Arouca pareceu determinado em evitar mais uma derrota. Mas só depois da hora de jogo é que o Arouca chegou ao golo, num remate em jeito de André Santos. Até ao fim, houve mais alguns lances de perigo, mas o empate não se desfez.

PORTO 3–0 BELENENSES

Sem surpresas, o Porto venceu o Belenenses no Dragão e pressionou o Benfica por mais 24 horas. Após algumas oportunidades desperdiçadas, os dragões adiantaram-se no marcador ao minuto 37, com Danilo a encher o pé dentro da área, após André Silva amortecer de cabeça. Num jogo em que os azuis e brancos dominaram sempre, o Belenenses raras vezes se aproximou com perigo da baliza de Casillas. Foi, por isso, com naturalidade que o Porto ampliou a vantagem no segundo tempo. Aos 70’, Francisco Soares marcou de cabeça, após cruzamento de Corona, confirmando que os seus golos significam vitórias para o Porto. Pouco depois, aos 74, Brahimi marcou de penálti, castigando uma falta que o próprio sofrera. A luta pelo título mantém-se viva.

SPORTING 4–0 BOAVISTA

O Sporting recebeu e o goleou o Boavista por 4–0. Os protagonistas da noite foram dois: Bas Dost, com três golos, e Bruno César com três assistências (contabilizando para isso o penálti sofrido). O primeiro do jogo, contudo, teve outros protagonistas: foi Schelotto que assistiu Alan Ruíz, e o argentino inaugurou o marcador ao minuto 20. Nove minutos depois, começou o show Bas Dost. Bruno César aproveitou um erro infantil da defesa axadrezada e, na cara do guarda-redes, tocou para o lado, para o holandês encostar. Na segunda parte, logo ao minuto 48, foi de penálti que Bas Dost bisou. Aos 63, novamente Bruno César a arrancar e a passar para o encostar fácil de Bas Dost. O Boavista nunca ameaçou a baliza de Rui Patrício.

RIO AVE 0–0 V. SETÚBAL

Em Vila do Conde, Rio Ave e Vitória de Setúbal protagonizaram um jogo de muita luta, mas que não foi particularmente bem jogado. Com o domínio da partida a ser dividido entre as duas equipas, as ocasiões de golo dignas desse nome foram praticamente inexistentes. De facto, o único facto digno de nota neste jogo foi o cartão vermelho para Nélson Monte, que estava no banco do Rio Ave. Quando o momento mais marcante envolve um jogador com 0 minutos de jogo, isso diz tudo.

ESTORIL 0–1 NACIONAL

O Nacional pôs fim a uma série de muitos jogos sem vencer, com uma boa vitória no terreno do Estoril que anima a luta pela manutenção. O jogo foi dividido, com ambas as equipas a disporem de várias ocasiões para marcar. Ainda assim, o Nacional pareceu quase sempre por cima no jogo, numa atitude que demonstra que os insulares ainda acreditam na manutenção. O esforço da equipa agora orientada por João de Deus foi recompensado ao minuto 77, quando Zizo atirou para o fundo da baliza, após passe de Victor García. O guarda-redes do Estoril, Moreira, não fica muito bem na fotografia. O Estoril perde pela primeira vez sob o comando de Pedro Emanuel e permanece em zona ainda perigosa. O Nacional fica a apenas um ponto do primeiro clube acima da linha de água, o Moreirense.

V. GUIMARÃES 2–1 TONDELA

O bom momento do Vitória de Guimarães continuou na recepção ao Tondela. O primeiro golo dos minhotos surgiu aos 14 minutos, mas antes disso já tinham desperdiçado duas boas ocasiões. No golo, Texeira rematou e teve sorte no desviu que a bola fez em Osorio, enganando o guardião do Tondela. Numa primeira parte onde só dava Vitória, a equipa de Pedro Martins conseguiu ampliar a vantagem já no tempo de compensação, aos 46’, com um cabeceamento de Hurtado após cruzamento de Hernâni. A segunda parte foi mais calma, o Vitória tentou gerir, o Tondela tentou contraria. Ao minuto 82, Douglas fez penálti sobre Murillo e, na conversão, Jaílson reduziu para os tondelenses. Não chegou para evitar a derrota, que mantém a equipa no último lugar e vê o Nacional afastar-se.

MOREIRENSE 0–1 BENFICA

Quando há greve nos transportes, mas são garantidos os serviços mínimos, as pessoas chegam ao destino, mas a viagem não é agradável. O Benfica está mais ou menos nesse registo. Vence, mas não convence. Na visita a Moreira de Cónegos, os encarnados demoraram muito a criar ocasiões. O primeiro remate digno desse nome aconteceu depois dos 20 minutos de jogo. O único golo da partida, aos 42 minutos, nasce de bola parada, com Pizzi a bater um livre para a área e Mitroglou a cabecear à vontade para o golo. No segundo tempo, o Moreirense pareceu sempre mais ameaçador do que o Benfica. O total desacerto dos atacantes minhotos fez com que desperdiçassem várias boas ocasiões, sem que Ederson tenha feito uma única defesa. Mas no fim o que conta são os três pontos e o Benfica mantém a liderança.

MARÍTIMO 2–1 CHAVES

O fecho da jornada na Madeira fez-se com um excelente jogo de futebol entre o Marítimo e o Chaves. Os visitantes entraram bem no jogo e dispuseram de algumas boas ocasiões. A ineficácia dos transmontanos não permitiu o golo e foi o Marítimo a adiantar-se, aos 37 minutos, com um remate bem colocado de Keita, após uma peitada de Fransérgio a amortecer. Depois do descanço, o Chaves voltou a entrar bem, em busca do empate. O golo surgiria mesmo aos minuto 56, com Perdigão a encostar, na recarga a um remate de Bressan que Marcelo defendeu para a frente. O Chaves continuou a atacar, em busca da reviravolta, mas num contragolpe muito bem executado, foi o Marítimo a marcar novamente, com Fransérgio novamente a assistir, para António Xavier encostar para o golo. Com esta vitória, o Marítimo mantém vivo o sonho de um lugar europeu.

Águia e Dragão sabem que um simples deslize pode deitar tudo por terra


Depois do empate no Clássico, Benfica e Porto têm mais sete finais para provarem que merecem o título. Daqui até ao fim, qualquer deslize pode significar o adeus. Jogando primeiro, e em casa, o Porto tem tarefa mais fácil nesta jornada, mas o jogo do Benfica também não é, em teoria, complicado. Dos três aflitos, o Nacional é quem tem mais chances de conseguir pontos, na visita ao Estoril. Na luta europeia, o Braga tem deslocação complicada a Santa Maria da Feira e o Vitória de Guimarães está à espera do deslize, pois recebe o Tondela.

FEIRENSE — BRAGA [SEXTA 7, 20H30]

Com três vitórias consecutivas, a equipa do Feirense atravessa o seu melhor momento da temporada. Nesta abertura de jornada, os fogaceiros recebem um Braga que vem deprimido depois de desperdiçar uma vantagem de 3–0 e permitir o empate na recepção ao Marítimo. Os rumores de que o presidente prepara a nova época com um novo treinador não devem ajudar à estabilidade que Jorge Simão precisa para trabalhar a equipa no que falta de temporada. Os três da frente já estão distantes, mas o Braga está longe de ter o quarto lugar garantido. Esta será mais uma jornada potencialmente complicada para os minhotos, que visitam o campo de um Feirense entusiasmado.

PAÇOS DE FERREIRA — AROUCA [SÁBADO 8, 16H00]

As últimas sete jornadas do Arouca terminaram todas da mesma forma, com 0 pontos. A deslocação a Paços de Ferreira é um encontro de iguais. As equipas têm exactamente os mesmos pontos e estão com a manutenção praticamente garantida. Não fosse o facto de os três clubes do fundo da tabela serem tão maus, Arouca e Paços estaria neste momento preocupados. Este tem tudo para ser um jogo desinteressante, com favoritismo para a equipa da casa. Ainda assim, pode pender para qualquer lado, porque o Arouca, eventualmente, há-de pôr fim a este ciclo de derrotas.

PORTO — BELENENSES [SÁBADO 8, 18H15]

Ultrapassado que está o clássico, o Porto tem de fazer uma caminhada irrepreensível nas sete jornadas que faltam, e esperar um deslize do Benfica. A primeira etapa é no Dragão, na recepção ao Belenenses. Este é, teoricamente, um dos capítulos mais fáceis na caminhada azul e branca até ao título. Ainda para mais quando o Belenenses vem com três derrotas consecutivas. No entanto, o Vitória de Setúbal também estava num mau momento quando foi empatar ao Dragão. Os portistas sabem que não podem voltar a vacilar e é expectável que entrem com tudo neste jogo, até porque podem pressionar o Benfica.

SPORTING — BOAVISTA [SÁBADO 8, 20H30]

Com três vitórias consecutivas, o Sporting recebe um Boavista que venceu apenas um dos últimos cinco jogos. Os axadrezados estão novamente num momento menos bom e, para este jogo, não podem contar com a sua estrela maior. Emprestado pelos leões, Iuri Medeiros não pode alinhar pelo Boavista. O favoritismo é do Sporting, mas o Boavista não deve ser subestimado. A equipa de Miguel Leal já provou ser capaz de feitos interessantes e de surpreender, como fez no Estádio da Luz. Ainda assim, atravessando um momento pouco exuberante e sem Iuri, seria mesmo uma grande surpresa o Boavista sair de Alvalade com pontos.

RIO AVE — V. SETÚBAL [DOMINGO 9, 16H00]

Depois da vitória no Bessa, o Rio Ave pode dar seguimento aos triunfos na recepção ao Vitória de Setúbal. É certo que os sadinos também venceram na jornada transacta, mas essa é mesmo a única vitória nas últimas cinco jornadas. Este pode ser um bom jogo, entre duas equipas capazes de produzir bom futebol. Mas para isso é preciso que ambas as equipas se apresentem nas suas melhores facetas. A jogar em casa, o Rio Ave tem o favoritismo da partida, mas é mais um daqueles jogos onde facilmente pode acontecer uma surpresa.

ESTORIL — NACIONAL [DOMINGO 9, 16H00]

O empate a três bolas no Estádio da Luz, para a Taça, deixou o Estoril fora da final do Jamor. Ainda assim, o resultado foi bom e o facto de terem feito tremer o Benfica pode galvanizar os canarinhos. Desde a chegada de Pedro Emanuel que o Estoril não perde. A recepção ao Nacional, que não vence há 14 jornadas(!), ou seja: desde 11 de Dezembro, é mais uma boa oportunidade para Pedro Emanuel dar continuidade ao bom trabalho e tirar o Estoril da zona aflitiva da tabela. Veremos se João de Deus consegue fazer algo mais do que os seus dois antecessores no banco do Nacional, ou se será só mais um treinador triturado por uma equipa cada vez mais próxima de cair na segunda divisão.

V. GUIMARÃES — TONDELA [DOMINGO 9, 18H00]

Se a tarefa do Nacional é difícil, a do Tondela é pior. A equipa que divida o último lugar com os insulares visita o Dom Afonso Henriques, onde enfrenta um Vitória motivado com a presença garantida no Jamor. Além disso, os vimaranenses estão em igualdade pontual com os rivais Braga e de certeza que terminar à frente do eterno rival é um dos objectivos. Pedro Martins está a fazer um excelente trabalho no Vitória e só uma grande surpresa fará com que o Tondela leve pontos desta deslocação ao minho.

MOREIRENSE — BENFICA [DOMINGO 9, 20H15]

Se não houver uma surpresa, o Benfica chegará ao Minho no segundo lugar, pressionado pelo Porto. A exibição a meio da semana, para a Taça, esteve longe de deslumbrar, mas o Benfica alinhou com várias segundas escolhas. O Moreirense é a primeira equipa acima da linha de água, e a única que parece ainda estar em real perigo de cair para os dois lugares do fundo. Uma gracinha frente aos tricampeões seria uma excelente injecção de moral. Mas é expectável que, tal como o Porto, o Benfica entre com tudo, não querendo desperdiçar pontos contra estes adversário teoricamente acessíveis.

MARÍTIMO — CHAVES [SEGUNDA 10, 20H00]

O Chaves esteve à beira de garantir um lugar no Jamor. A equipa de Ricardo Soares ficou a um golo da proeza. A desilusão no final dessa partida pode afectar psicologicamente a equipa, até porque no campeonato pouco mais há por conquistar, a não ser o acabar-na-melhor-posição-possível. A deslocação aos Barreiros é um jogo difícil e, com estas condicionantes, o Marítimo é favorito. Os madeirenses vêm de um jogo electrizante, onde recuperaram de uma desvantagem de três golos para garantir um empate em Braga. Agora, quererão certamente direccionar essa energia para vencer mais um jogo em casa.

Benfica e Porto fazem contas ao calendário, após empate no Clássico


O Clássico deu em empate. Não há forma de Benfica e Porto se separarem na tabela. Faltam sete jornadas para o fim e agora é sofrer a bom sofrer, cada um à espera que o outro tropece. O Sporting aproveitou e aproximou-se dos líderes e fugiu mais ao Braga. Os bracarenses, aliás, protagonizaram um dos jogos da jornada, desperdiçando uma vantagem de três golos. Com isso, foram apanhados pelo Vitória de Guimarães na tabela.

CHAVES 1–0 PAÇOS DE FERREIRA

O jogo inaugural da jornada 27 marcou o regresso do Chaves às vitórias. Os flavienses até deixaram que o Paços fosse a equipa a controlar as operações, mas os visitantes nunca conseguiram traduzir esse domínio em lances de perigo. A grande maioria das ocasiões do jogo surgiram em remates de longe, com uma bola na barra para cada equipa. O único golo da partida foi um pouco caricato. Após canto de Fábio Martins, Braga faz um cruzamento/remate fraco, Defendi defende para a frente e Gégé, que estava logo ali, acaba por empurrar a bola para a própria baliza. Jogo fraco, onde os 3 pontos foram para a equipa que teve mais sorte.

NACIONAL 1–2 V. GUIMARÃES

Pedro Martins surpreendeu, apresentando um onze de “segunda linha” na viagem à Madeira. E, ainda assim, o Vitória conseguiu levar os três pontos da Choupana, agravando a crise do Nacional. A equipa minhota foi a melhor em campo, embora as oportunidades tinham sido mais ou menos divididas. Foi um jogo aberto, com boas ocasiões e que podia ter terminado com mais golos. Rafael Miranda inaugurou o marcador aos 25’, na sequência de um canto. O segundo só apareceu perto do final, aos 85’, e foi marcado por Texeira. Só quando se viu a perder por dois é que o Nacional pareceu mais determinado. Zizo reduziu aos 91 e o Nacional chegou mesmo a marcar o segundo, mas foi anulado por falta ofensiva. Na sequência do lance, houve muita confusão e um vermelho, para Rui Correia.

TONDELA 0–2 ESTORIL

O Tondela voltou a enfrentar um adversário do seu campeonato, desta vez em casa, e voltou a falhar. O Estoril mantém o excelente registo, sem derrotas, desde a chegada de Pedro Emanuel ao comando técnico. Ainda assim, este esteve longe de ser um jogo brilhante. Houve muito poucas ocasiões de golos e um futebol pouco atractivo. Os dois golos do Estoril são ambos apontados de penálti, por Kléber, aos 17’ e aos 92’. Ambos resultaram de faltas de Cláudio Ramos, guarda-redes que acabou expulso no segundo penálti. No final, o que fica é que o Estoril deu um passo importante para a manutenção e o Tondela parece cada vez mais longe da salvação.

BOAVISTA 0–1 RIO AVE

Jogo bem disputado no Bessa, entre duas das boas equipas da Liga. Com ocasiões de parte a parte e domínio repartido do jogo, nenhuma das equipas parecia capaz de desfazer o nulo. Embora o empate se adequasse, o jogo merecia golos. Aos 74’, Luís Castro lançou Adama Traoré e, dois minutos depois, o maliano adiantou os vila-condenses com um cabeceamento após canto de Krovinovic. O Boavista foi atrás do empate, sempre com Iuri Medeiros na construção e, muitas vezes, também na finalização. Mas até foram do Rio Ave as duas melhores ocasiões, flagrantes, ambas desperdiçadas por um Gonçalo Paciência sem instinto goleador. Não foi grave porque o Rio Ave aguentou a vantagem e saiu do Bessa com os três pontos.

BENFICA 1–1 PORTO

O clássico foi um bom jogo de futebol, com ocasiões de parte a parte, e que acabou empatado, deixando a luta pelo título em aberto. O Benfica entrou melhor no jogo e, logo aos 7 minutos, Jonas marcou de penálti, após ter sofrido a falta que lhe deu origem. O Porto começou a reagir a meio da primeira parte, mas o intervalo chegou com a vantagem dos encarnados. No segundo tempo, foi o Porto a entrar mais forte e, fruto disso, chegou ao empate aos 49’, pelo ex-benfiquista Maxi Pereira. A partir daí, foi a vez de os guarda-redes brilharem. Ederson, numa saída rapidíssima aos pés de Soares, negou a reviravolta. Depois, o Benfica foi a equipa mais perigosa até ao fim, com Jonas e Mitroglou a esbarrarem na muralha de Casillas. O Porto pareceu, em campo, uma equipa mais satisfeita com o empate. Certo é que o Benfica mantém o primeiro lugar.

V. SETÚBAL 2–0 MOREIRENSE

Há sete jornada que o Vitória de Setúbal não vencia para o campeonato. Desta vez, a jogar em casa, os sadinos resolveram rapidamente a partida. João Amaral, logo aos 4 minutos, e Edinho, aos 15’, fizeram dois belíssimos golos, muito semelhantes. Ambos remates fortes e colocados, de fora da área, de pé esquerdo. A história da primeira parte não teve muito mais para oferecer. No segundo tempo houve mais chances, mas o Moreirense, com Petit a estrear-se no banco, nunca pareceu capaz de discutir a partida. No final, aceita-se a vitória sadina, que deixa o Moreirense em posição ainda muito frágil, 4 pontos apenas acima da linha de água.

BELENENSES 1–2 FEIRENSE

Na visita a Belém, o Feirense conseguiu a terceira vitória consecutiva! Grande momento de forma da equipa de Nuno Manta Santos. O Belenenses até foi a primeira equipa a marcar, num lance onde Vaná fica muito mal e Juanto aproveita, decorria o minuto 17. O Feirense demorou a entrar no jogo e o intervalo fez bem à equipa. Aos 68’, Edson Farias fez o empate para o Feirense, aproveitando um ressalto na área. A reviravolta surgiu já ao cair do pano, num penálti convertido por Etebo, aos 89. O Belenenses desperdiça a vantagem e o Feirense segue imparável.

AROUCA 1–2 SPORTING

Em Arouca, o Sporting ainda teve um susto, mas acabou por sair com os três pontos. Mateus adiantou a equipa da casa no marcador, aos 9, num cabeceamento após cruzamento de Vítor Costa. A partir daí, o Sporting tomou conta das operações. Após várias ocasiões desperdiçadas, Alan Ruíz fez o empate aos 34. Logo a seguir, Bruno César fez o segundo dos leões, completando a reviravolta. Na segunda parte, os leões descansaram e geriram a vantagem, sem que haja grande coisa para contar. Boa jornada para os leões que recuperaram pontos para Benfica e Porto e aumentaram a vantagem sobre o Braga.

BRAGA 3–3 MARÍTIMO

Para o final da jornada estava reservado um dos melhores jogos. Braga e Marítimo, na luta pela Europa, protagonizaram um jogo impróprio para cardíacos. Os anfitriões entraram fortíssimos no jogo, com Baiano a marcar aos 11 minutos e, quatro minutos depois, Cartabia a ampliar. Depois foram precisos mais dez minutos apenas para chegar o terceiro, numa cabeçada de Rui Fonte. O jogo parecia decidido mas, como diria Rui Vitória, faltou o quarto golo para matar o jogo. O Marítimo não baixo os braços e reduziu aos 38 minutos, por Keita. Já muito perto do intervalo, aos 43, Erdem Sen ainda fez outro, reduzindo para a margem mínima. O Marítimo foi quase sempre a melhor equipa na segunda parte. Aos 83 minutos foi compensada pela atitude, com o golo da igualdade, novamente por Erdem Sen. Grande jogo de futebol e grande balde de água fria para os bracarenses.

Volta a Primavera, volta o Clássico! Quem vai florir?


Rejubilemos! Está aí a Primavera, está de volta o futebol e regressa em grande, com o Clássico Benfica — Porto. Pode ser o jogo do título, ou não, mas é de certeza o encontro que ninguém quer perder nesta jornada. E, apesar disto, há outros jogos interessantes. Houve mais três mudanças de treinador na Liga! Há um duelo importante na luta da manutenção e outro na luta pela Europa.

CHAVES — PAÇOS DE FERREIRA [SEXTA 31, 19H00]

A abertura da jornada, em Trás-os-Montes, coloca frente a frente duas equipas que não vencem há quatro jornadas. O Chaves, com uma época positiva e a manutenção assegurada, atravessa uma fase negativa, com apenas um ponto nos últimos quatro jogos. O Paços está dez pontos acima da linha de água e só um péssimo final de campeonato pode fazer tremer os castores. O Paços não perde há cinco jornadas, mas empatou as últimas quatro. A jogar em casa, o Chaves é favorito, e tem aqui uma boa chance para regressar às vitórias. Ainda assim, o jogo deverá ser equilibrado e sem vencedor antecipado.

NACIONAL — V. GUIMARÃES [SEXTA 31, 21H00]

A pausa no campeonato trouxe o terceiro treinador da época ao Nacional. João de Deus sucede a Jokanovic, na cada vez mais difícil missão de evitar a descida dos insulares. A estreia do novo técnico, apesar de ser em casa, é muito complicada. A Choupana recebe o quinto classificado, Vitória de Guimarães, que não perde há cinco jornadas (e é um dos poucos clubes que ainda não trocou de treinador). Depois de frustrada a aposta em Jokanovic, será o factor novo-treinador um tónico para os aurinegros? O treinador sérvio saiu sem qualquer vitória. João de Deus herdou uma tarefa espinhosa.

TONDELA — ESTORIL [SÁBADO 1, 16H00]

O primeiro jogo de sábado é um duelo fulcral para a luta da permanência. O Tondela está no fundo, em igualdade pontual com o Nacional, e recebe um adversário directo, o Estoril. Com mais cinco pontos, os amarelos podem ver o Tondela aproximar-se bastante caso vença. Por isso, é expectável um Estoril motivado e a dar tudo para não perder este jogo. Para o Tondela, que joga em casa, esta é mais uma jornada vital. Depois de não ter conseguido a vitória em Moreira de Cónegos, noutro jogo de iguais, o Tondela quererá dar seguimento à boa exibição, acompanhando-a, desta vez, de uma vitória. Como aperitivo para o jogo da noite, este poderá ser um bom confronto.

BOAVISTA — RIO AVE [SÁBADO 1, 18H15]

Boavista e Rio Ave são duas das equipas que têm mostrado bom futebol nesta temporada. As duas equipas estão tranquilas na tabela, no 8º e 7º lugares, respectivamente. Manutenção garantida e lugares europeus já distantes fazem com que haja pouco mais do que a honra em jogo. Mas em duas equipas com bons executantes, isso pode bem ser suficiente para dar um bom espectáculo. Difícil de prever o resultado, porque ambas as equipas já mostraram ser capazes do muito bom e do muito mau.

BENFICA — PORTO [SÁBADO 1, 20H30]

Primeiro e segundo classificados. Benfica e Porto separados por um ponto apenas. Ambos tropeçaram na jornada anterior, empatando os seus jogos. Chamam-lhe o jogo do título. Não fica tudo decidido aqui, mas é certo que o campeão será uma das duas equipas. Já entrevistámos três conhecedores profundos, já fizemos dois episódios do podcast (aqui e aqui) a antecipar este clássico. Não há muito mais a dizer: é o jogo que ninguém quer perder.

V. SETÚBAL — MOREIRENSE [DOMINGO 2, 16H00]

São já sete jornadas sem vencer para os sadinos. Empataram no Dragão na jornada anterior e a última vitória, já distante, foi sobre o Benfica. O Vitória está em grande no tomba-gigantismo, mas na luta de iguais, nem tanto. A recepção ao Moreirense afigura-se como mais uma boa oportunidade para regressar aos triunfos. Em posição muito frágil na tabela, apenas 4 pontos acima da linha de água, o Moreirense trocou de treinador na paragem internacional. Saiu Augusto Inácio e chegou Petit, o terceiro técnico da temporada. Por tudo isto, os cónegos serão certamente uma equipa que quer explorar o mau momento dos sadinos.

BELENENSES — FEIRENSE [DOMINGO 2, 16H00]

Se observarmos a forma recente destas duas equipas, o Feirense vem com duas vitórias consecutivas e o Belenenses com duas derrotas. Com isto, os fogaceiros alcançaram os azuis do Restelo na classificação. Ambos com 32 pontos, estão livres do drama da manutenção. Agora, é ver se os da casa invertem a tendência recente ou se as equipas vão manter o seu registo. O bom momento do Feirense chegou em altura fulcral, para livrar a equipa de um final de época aflitivo. Agora, só resta aos comandados de Nuno Manta Santos continuar a surpreender. No Restelo têm mais uma oportunidade de o fazer.

AROUCA — SPORTING [DOMINGO 2, 18H00]

A terceira equipa a mudar de treinador neste período de paragem foi o Arouca. Manuel Machado saiu com um registo perfeito de cinco derrotas, zero empates e zero vitórias, naquela que é certamente a sua pior época na Primeira Liga. O Arouca não foi buscar um treinador ao mercado, optando por Jorge Leitão, que orientava os júniores do clube. Com 27 pontos, os arouquenses acreditam que a manutenção já não escapa. A recepção ao Sporting, contudo, tem todos os ingredientes para que Leitão arranque com uma derrota o seu percurso. Os leões são muito superiores e não deverão ter grandes dificuldades. Jorge Leitão só tem de se preocupar em não perder todos os restantes jogos.

BRAGA — MARÍTIMO [DOMINGO 2, 20H15]

O quarto classificado Braga, após um mau período, deixou o Sporting escapar na classificação. Agora, é com o rival Vitória e com o Marítimo que os arsenalistas se têm de preocupar. Portanto, é a Europa que está em jogo. Se o Marítimo vencer em Braga, fica apenas a 3 pontos dos minhotos. Se o Braga vencer, a distância fica em 9 pontos, praticamente garantindo a Europa para a equipa de Jorge Simão. Este é o momento decisivo para o Braga, aquele que pode ser o jogo do “título” de acesso à Liga Europa. Com as duas equipas em momentos de forma semelhantes, talvez o factor casa seja mesmo o mais importante.

3×3 Perguntas Pequenas: O jogo do título?


Depois de uma pausa para selecções, que melhor forma de regressar do que com o jogo do título? A não ser, claro, que este não seja o jogo do título. É um Benfica — Porto, é um confronto entre o primeiro e o segundo classificados, separados por um ponto apenas, vindos ambos de empate. Jogo do título ou não, ninguém que goste de futebol vai querer perder este duelo. Para tomar o pulso às nações futebolísticas nacionais, fomos perguntar coisas sobre o clássico a um benfiquista, um portista e um sportinguista: Tiago Quartilho, Renato Gonçalves e Pedro Maia.

1. Quem chega por cima ao clássico? Isso é bom ou mau?

Tiago Quartilho: Depende. O Porto chega por cima no que diz respeito à qualidade de jogo e volume de ataque. O Benfica chega forte no factor sorte, que tem chegado na última época e meia de Rui “O Pragmático”.

Renato Gonçalves: Chegam os dois motivados mas com dúvidas. A estrutura benfiquista tem mostrado sinais de nervosismo com a aproximação do Porto e a quebra exibicional das últimas semanas. A juntar a isso, os resultados nos jogos “entre iguais” deste ano não têm sido animadores para os lados da Luz. No entanto, o jogo é na Luz, espera-se um ambiente tremendo e a manutenção da liderança, apesar do percalço em Paços, funciona como um elixir extra. O FC Porto tinha tudo para chegar à Luz em posição confortável, mas o balde de água fria no Dragão estragou os planos. Somando tudo, não será o momento a decidir o clássico.

Pedro Maia: Embora seja mais fácil percepcionar a recente depressão do Porto (na ressaca do último empate caseiro), julgo ser o Benfica a equipa que se encontra mais pressionada com o aproximar do dia das mentiras. Um pouco ao jeito da época passada, parece agora que o Benfica do Rui faz o papel do Sporting do Jorge. Resta saber se o Porto do Nuno leu o script da época 2015/16.

2. Se fosses o Zandinga, qual seria para ti o filme do jogo?

TQ: Tendo em conta as últimas partidas do Porto, penso que é garantido que o Benfica não acaba com 11 (como esteve o estágio dos juízes a nível de visitas esta semana?). Mas penso que pode ser esse o único momento de festa para a claque da selecção, que regressa ao palco da sua última grande exibição. Nil Nil.

RG: Prevejo um jogo com um arranque muito tenso. Se tivermos uma arbitragem tipicamente portuguesa, a partida pode rapidamente descambar num festival de faltas e interrupções. E uma dessas faltas vai dar em golo, é a minha garantia para sábado, golo esse que não será o único na partida.

PM: O Porto entrará a mandar no jogo, assumindo a posse. O Benfica vai esperar, como tão bem sabe, e procurar ser feliz. Ederson, depois de sacar uma com a bica da bota em cima da linha, ao mesmo tempo que olha para dentro da baliza à procura “dela”, leva um amarelo aos 92 minutos para “segurar” o 1–0 do Tetra.

3. Este é o jogo do título ou o calendário que falta ainda vai trazer mexidas na tabela?

TQ: Depende do resultado. Mais decisivo será se o Benfica conseguir de alguma forma ganhar, na linha do que fez contra o Dortmund. Sem rematar à baliza costuma ser mais difícil, mas pode ser que consiga que a sua dupla mais forte (sorte + um-golo-caído-do-céu) regresse à melhor forma.

RG: Se o Benfica ganhar julgo que sim. Quatro pontos de vantagem (que serão cinco na prática, fruto do desempate) a juntar ao embalo anímico e dificilmente o tetra escapa. Se o Porto ganhar, passa a ser o grande favorito, mas teremos um campeonato tenso até final (leia-se: com polémicas todas as semanas). Como acho que dará empate, a jornada do Sporting-Benfica e Braga-Porto será, ela sim, a chave do título.

PM: Depende. Se tudo correr como o Zandinga perspectivou acima, sim. Caso contrário, há muita deslocação difícil para ambos. Transportar as “malas” será tarefa árdua.


Tiago Quartilho, também conhecido como O Analista, começou a jogar Ligas de Fantasia através da internet ainda no milénio passado. A sua alcunha é resultado não só da falta de veia artística para as palavras, mas também da sua perícia extrema naquilo que realmente interessa: olhar para números. Renato Gonçalves é jornalista, com passagens por Record e no extraordinário A União, da Ilha Terceira. Pedro Maia (aka O Fantasista) colabora com a RealFevr e colaborou com o extinto 11para11.pt.

Benfica e Porto continuam inseparáveis, até nas desilusões


Finalmente houve emoção na liderança! Sim, no fim ficou tudo na mesma, mas foi um fim-de-semana bem mais animado do que os anteriores. Primeiro foi o Benfica a ir empatar a Paços de Ferreira, estendo a passadeira vermelha ao Porto. Mas no dia seguinte, os dragões não foram além de um empate caseiro com o Vitória de Setúbal, deixando tudo na mesma. Estão inseparáveis, estes rivais. Será que na próxima jornada vai dar empate?

ESTORIL 0–0 BOAVISTA

No segundo jogo ao comando do Estoril, Pedro Emanuel voltou a não ir além do empate. Ainda assim, o registo é mais positivo que o do técnico que veio substituir. Desta feita, o Estoril empatou em casa com o Boavista, num jogo sem golos. Os canarinhos foram a melhor equipa, mas durante a primeira parte foi o Boavista a chegar mais vezes à área adversária. No segundo tempo, contudo, só deu Estoril. Os pupilos de Pedro Emanuel dispuseram de várias ocasiões para desfazer o nulo, mas a falta de eficácia foi decisiva para que o jogo terminasse empatado.

MOREIRENSE 1–1 TONDELA

No duelo de aflitos entre Moreirense e Tondela, a equipa da casa não se conseguiu impor. O Tondela dominou toda a primeira parte e chegou ao golo aos 20 minutos, num cabeceamento de Kaká. A equipa de Pepa dispôs de mais alguns lances de perigo, mas não teve o discernimento de aumentar a vantagem. Após o descanso, o Tondela voltou à carga, mas a partir da hora de jogo o Moreirense começou a reagir. Os cónegos foram carregando, despejando cruzamentos para a área, mas Cláudio Torres ia defendendo tudo o que podia. Aos 84’, chegou finalmente o empate, com Sougou a marcar de cabeça na recarga ao um remate à barra. No lance seguinte, o Tondela teve uma ocasião clara para voltar à vantagem, mas Pedro Nuno rematou à figura.

BELENENSES 1–2 BRAGA

O Belenenses ganhou o prémio de pior início de jogo da época. Ainda o relógio não tinha chegado ao fim do primeiro minuto quando Ricardo Horta fez um passe longo para a entrada da área dos azuis. Florent Hanin cabeceia para trás, no que seria um atraso para o guarda-redes, só que Cristiano tinha saído da baliza e foi auto-golo. Com uma entrada tão desastrosa, o Belenenses demorou a entrar no jogo e aos 19’ sofreu o segundo, por Rui Fonte. A equipa da casa reagiu então e, na cobrança de um penálti, Maurides reduziu aos 22’. O jogo foi bem disputado até ao fim, com ocasiões de parte a parte, mas o resultado não se alterou.

SPORTING 2–0 NACIONAL

Em Alvalade, o aflito Nacional tinha missão quase impossível. Isso acabou por confirmar-se quando o matador Bas Dost entrou em acção. O primeiro golo do holandês foi apontado aos 13 minutos, de cabeça, após canto de Bryan Ruiz. O segundo surgiu também de um canto, onde Bas Dost mostrou o seu instinto goleador aproveitado um ressalto e um lance que parecia condenado a não dar em nada, marcando de ângulo “impossível”. O Nacional respondia como podia, quase sempre em tiros de longe, que ou iam para fora ou para as mãos de Rui Patrício. O único troféu que os leões podem garantir, o de melhor marcador, parece já não escapar a Bas Dost.

PAÇOS DE FERREIRA 0–0 BENFICA

Naquele que foi o último jogo antes do clássico do título, o Benfica visitou Paços de Ferreira e não foi além de um empate. Num duelo de domínio intenso dos encarnados, a muralha erguida pelo Paços provou ser eficaz para bloquear as investidas das águias. O Benfica teve muito mais bola, sufocou em momentos, mas criou poucas ocasiões de golo. Salvio desperdiçou a mais clara, Eliseu atirou uma bomba ao poste e Jonas, no último lance, cabeceou tão para baixo que a bola bateu na relva e saiu por cima da barra. O Paços só na segunda parte se soltou mais, e mesmo aí pareceu pouco interessado em marcar. Welthon, de livre directo, criou o lance mais perigoso, travado por Ederson e pela barra. O ar fúnebre que os jogadores encarnados tinham no final da partida só deve ter passado quando, no dia seguinte, viram o Porto empatar também.

FEIRENSE 3–2 CHAVES

Grande jogo de futebol em Santa Maria da Feira entre as duas equipas que vieram da segunda. O Feirense, a jogar em casa, foi mandão e criou vários lances de perigo na primeira parte. Contra a corrente do jogo, foi o Chaves a marcar, aos 44’, num livre directo de Bressan. No reatar da partida, o Chaves ampliou a vantagem, com mais um grande golo de Fábio Martins. Quem achou que o resultado estava feito, enganou-se. O Feirense não baixou os braços e foi atrás do golo. Aos 54, penálti para Tiago Silva, que permite a defesa de Ricardo, mas marca na recarga. Dois minutos depois, Cris empata o jogo. Sempre mais perigosos, os da casa continuaram a tentar e foram recompensados. Ao minuto 81, Etebo marca de cabeça após cruzamento de Luís Machado, concluindo uma reviravolta notável. Se ainda restassem dúvidas de que estas duas equipas merecem ficar na Primeira, foram aqui dissipadas.

MARÍTIMO 3–1 AROUCA

Depois da derrota pesada no Bessa, o Marítimo regressou a casa e bateu o Arouca. O péssimo momento da equipa da Manuel Machado acentua-se, apesar de até ter entrado a vencer. Aos 20 minutos, Sami marcou após grande trabalho de Walter González na direita. Mas o Marítimo tomou conta do jogo e chegou à igualdade ao minuto 40, num golaço de Zainadine, a encher o pé de fora da área. Já na segunda parte, os insulares consumaram a reviravolta. Primeiro foi Keita, aos 62, e depois Fransérgio aos 73. Até ao fim, houve uma ocasião clara para cada equipa.

PORTO 1–1 V. SETÚBAL

Depois do empate do Benfica, o Porto tinha a possibilidade de passar para a liderança da Liga. Na recepção ao Vitória de Setúbal, os dragões dominaram toda a primeira parte e criaram vários lances de perigo. A bola, contudo, teimava em não entrar. Fosse porque Varela defendia, porque os defesas cortavam ou porque os atacantes do Porto não acertavam. Foi nos descontos da primeira parte que o Porto quebrou o enguiço, com um golaço de Corona, após cruzamento de Óliver Torres. Após o descanso, aos 56’, chegou o balde de água fria. João Carvalho, emprestado aos sadinos pelo Benfica, fez também um belíssimo golo, igualando a partida. O Porto tremeu mas foi atrás do golo. Contudo, para grande desilusão de adeptos e jogadores, o Porto não foi além do empate, imitando o Benfica.

V. GUIMARÃES 3–0 RIO AVE

Mais um grande jogo do Vitória de Guimarães, no que se previa ser um duelo complicado frente ao Rio Ave. Embora a equipa de Luís Castro tenha estado por cima na primeira parte, as ocasiões foram muito escassas. Na segunda parte, o nulo foi desfeito finalmente aos 60 minutos, com uma bomba de Rafael Martins que deixou Cássio pregado ao relvado. Logo a seguir ao golo, Héldon viu dois amarelos e foi expulso, por palavras ao árbitro. A partir daí, o Vitória tomou conta das operações. O segundo golo surgiu ao minuto 70, por Hernâni, numa boa iniciativa individual. A sentência da partida surgiu só aos 91, com Texeira a marcar após bom passe de Marega.

Benfica e Porto aceleram para o clássico do título


Na última jornada antes do clássico, aquele que pode ser o jogo do título, Benfica e Porto aceleram para chegar em força. Os dragões jogam em casa contra a equipa que mais pontos roubou ao Benfica, o Vitória de Setúbal. O Benfica vai a Paços de Ferreira e joga primeiro, podendo pressionar os azuis e brancos. Nas restantes partidas, um escaldante duelo pela manutenção entre Moreirense e Tondela e um jogo que pode trazer bom futebol entre Vitória de Guimarães e Rio Ave.

ESTORIL — BOAVISTA [SEXTA 17, 20H30]

A estreia de Pedro Emanuel no banco do Estoril não correu mal, com um empate em Guimarães, com três golos marcados. Agora, novo teste difícil para os canarinhos. Em casa, o Estoril recebe um Boavista que vem de uma excelente exibição, batendo o Marítimo por 3–0. Enquanto equipa tranquila na classificação, o Boavista jogará bem mais descontraído e isso pode ser determinante. O Estoril está apenas 4 pontos acima da linha de água e precisa de conquistar mais pontos para fugir a um final de época dramático.

BELENENSES — BRAGA [SÁBADO 18, 16H00]

Apesar da derrota pesada na Luz, o Belenenses é uma equipa em excelente momento de forma. O mesmo não se pode dizer do Braga, que terá aqui mais um capítulo difícil na sua defesa do quarto lugar. Depois do empate em Chaves, a equipa de Jorge Simão volta a jogar fora, e num campo complicado. Numa altura em que tem o rival Vitória apenas a 2 pontos, o Braga não pode tropeçar muito mais se quiser segurar o seu quarto posto na tabela classificativa.

MOREIRENSE — TONDELA [SÁBADO 18, 16H00]

Não é o jogo grande da jornada, mas é aquele onde haverá mais em jogo. Em último lugar com 16 pontos, o Tondela visita Moreira de Cónegos, onde defronta uma equipa que tem apenas mais 4. Na luta pela manutenção, este é um dos jogos mais importantes para as duas equipas. Uma vitória do Moreirense dá um balão de oxigénio importante para a equipa de Inácio. Uma vitória dos visitantes deixaria os últimos todos colados uns aos outros. Esperemos que as equipas não joguem para o empate, porque já faltam poucos jogos para o fim, e pouquíssimos tão apetecíveis como este.

SPORTING — NACIONAL [SÁBADO 18, 18H15]

Outro dos mais aflitos, o Nacional tem missão quase impossível nesta jornada: ir roubar pontos a Alvalade. O Sporting é o clube mais isolado da tabela, a 11 pontos do segundo e com 8 de vantagem sobre o quarto. Esse é o único factor que pode dar ânimo às equipas mais pequenas: jogarem contra uma equipa que já não tem aspirações de subir na tabela, nem corre grande risco de cair. Mas o Sporting tem jogado bom futebol e o Nacional é uma das equipas mais frágeis da Liga. Seria uma surpresa tremenda os insulares saírem com pontos de Alvalade.

PAÇOS DE FERREIRA — BENFICA [SÁBADO 18, 20H30]

Nesta que é a última jornada antes do clássico, o Benfica visita a capital do móvel. O Paços vem de três empates consecutivos e a sua principal arma, Welthon, parece ter perdido algum fulgor. Mas o alegado interesse dos leões no avançado pode motivá-lo: não havia melhor forma de os impressionar do que neste jogo. Claro que o Benfica é o favorito, ainda para mais numa altura tão crucial da temporada. A equipa de Rui Vitória não costuma claudicar nestes momentos.

MARÍTIMO — AROUCA [DOMINGO 19, 16H00]

As cinco derrotas consecutivas do Arouca não são um bom cartão de visita para Manuel Machado. As quatro últimas foram já sob o comando do ex-técnico do Nacional, que nesta jornada tem mais uma tarefa espinhosa pela frente. No regresso à ilha onde passou os últimos anos, Machado terá de levar a melhor sobre um Marítimo muito sólido a jogar nos Barreiros. Depois da derrota no Bessa, os maritimistas quererão dar uma resposta positiva já nesta jornada. Estaremos a ver Machado afundar mais uma equipa?

FEIRENSE — CHAVES [DOMINGO 19, 16H00]

O confronto entre os dois clubes que vieram da Segunda pode ser um jogo interessante. Nesta altura da temporada, ambas as equipas estão fora de perigo de descida. Ambas têm mostrado bom futebol, com o Chaves a ser um pouco mais consistente. Mas a jogar em casa, haverá algum ascendente para o Feirense que, em caso de vitória, ficaria apenas a um ponto do Chaves. O empate, claro, pode ser o resultado desta equação onde há pouca coisa em jogo.

PORTO — V. SETÚBAL [DOMINGO 19, 18H00]

Assumindo que o Benfica vence no Sábado, o Porto entrará em campo sabendo que precisa de vencer para não se atrasar antes do clássico. O Vitória de Setúbal está num mau momento, sem vencer há seis jornadas, e vem de uma derrota caseira com o Feirense. Mas não nos podemos esquecer que foi a equipa que roubou 5 pontos ao Benfica no campeonato. Os sadinos tentarão sempre fazer uma gracinha, mas se o Porto apresentar o nível que tem mostrado, não deverá ter grandes problemas em vencer a partida.

V. GUIMARÃES — RIO AVE [DOMINGO 19, 20H15]

A jornada encerra com um interessante entre duas das melhores equipas da Liga. Não foram sempre consistentes — o Rio Ave menos ainda –, mas quando jogam o seu melhor são equipas que dá gosto ver. Se isso acontecer no Estádio D. Afonso Henriques, teremos um grande espectáculo de futebol. São duas equipas recheadas de jogadores rápidos e criativos que dão um perfume sempre agradável de ver no nosso Campeonato. Por jogar em casa, diante do seu fervoroso público, o Vitória tem o favoritismo do jogo.

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