Antevisão da Jornada 5 da Liga Portuguesa


A primeira paragem para os jogos das selecções já lá vai. O mercado já fechou e há novas caras em várias equipas. Vem aí a 5ª jornada da Liga Portuguesa! Com os três grandes a terem jogos acessíveis, o prato mais interessante da jornada talvez seja o Marítimo — Rio Ave. Dois candidatos à Europa em busca de ficar na frente da tabela por mais uma jornada.

Mas mesmo os três grandes podem ter vidas complicadas. O Sporting, no jogo inaugural, vai a Santa Maria da Feira, onde mora uma equipa pragmática e que ainda não perdeu. O Benfica recebe um Portimonense que joga bem, mas não tem conseguido escapar às derrotas. O Porto recebe um Chaves ainda em crise, que precisa de um tónico para dar alento ao que falta de época.

Nota: Nas imagens, a forma lê-se da esquerda para a direita, sendo o da direita sempre o jogo mais recente (apenas jogos da Liga). A pontuação dos jogadores em destaque é o total apenas nos últimos 4 jogos.

Feirense — Sporting

Sexta 8, 19h00


O Feirense tem sido uma equipa pragmática. Ainda sem derrotas na Liga, os fogaceiros vêm com duas vitórias consecutivas e apenas dois golos sofridos. Apesar do favoritismo do Sporting, este será um teste potencialmente difícil para os leões. Talvez seja necessária alguma paciência para quebrar a defensiva do Feirense, e atenção defensiva para travar as investidas de Etebo. Ainda assim, seria uma surpresa se o Feirense roubasse pontos ao Sporting.

Benfica — Portimonense

Sexta 8, 21h00


Depois do desaire em Vila do Conde, o Benfica regressa à Luz com obrigatoriedade de vencer. Pela frente tem o recém promovido Portimonense que, depois da vitória na jornada inaugural, perdeu os três jogos seguintes. Ainda assim, os algarvios vêm de uma boa vitória na Taça da Liga sobre o Chaves. Daquilo que já vimos, o Portimonense é uma equipa que gosta de atacar e não se contenta com empates. O que tem valido golos sofridos em contra-ataque e derrotas. Se na Luz não alterarem a filosofia, podem proporcionar um bom espectáculo, mas dificilmente levam pontos. O jogar em destaque, Tabata, estará ausente por lesão.

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Tondela — Paços de Ferreira

Sábado 9, 16h00


A vitória por 0–3 conseguida em Moreira de Cónegos pode ter servido para validar o modelo de jogo deste Tondela: uma equipa mais agressiva, menos expectante e mais criativa na procura do golo. O Paços, por seu turno, ainda não venceu e tem tido algumas dificuldade em impor o seu futebol. Pelo momento de forma das equipas, o Tondela é favorito neste jogo. E se conseguir vencer, passa a mensagem de que não vai esperar pelo fim do campeonato para ganhar jogos (no ano passado, 5 das 8 vitórias na Liga foram conseguidas nas últimas seis jornadas). Mas o Paços é uma equipa à procura de vitórias e vai tentar explorar as fragilidades da equipa beirã.

Marítimo — Rio Ave

Sábado 9, 18h15


Jogo muito interessante na Madeira. Duas equipas separadas por um ponto e que parecem ter assumido desde já a candidatura aos lugares europeus. O Rio Ave vem de um empate frente ao Benfica, que é sempre um resultado motivador. O Marítimo chega com duas vitórias consecutivas e joga em casa, pelo que leva o carimbo de favorito. A verdade é que vai ser um interessante confronto entre uma equipa que defende bem, e sofre pouquíssimos golos nos Barreiros, e outra que ataca com qualidade. Veremos se os insulares conseguem manter a baliza inviolável ou se o Rio Ave continua a sua caminhada vertiginosa no encalço dos três grandes.

Porto — Chaves

Sábado 9, 20h30


Com apenas um ponto, o Chaves partilha a zona de despromoção com o Aves. A equipa de Luís Castro ainda não se encontrou com os bons resultados e as exibições também têm deixado a desejar. A visita ao Dragão chega em má altura, porque deixará a equipa numa posição cada vez mais frágil na tabela. O Porto ainda só venceu, não sofreu golos e respira confiança. Os pupilos de Sérgio Conceição tudo farão para somar aqui a quinta vitória na Liga e dar continuidade ao excelente momento. Todo o favoritismo para o Porto, naturalmente.

V. Setúbal — Braga

Domingo 10, 16h00


O Vitória de Setúbal ainda só tem uma derrota na Liga, mas os outros três jogos foram todos empates. Quem não tiver visto os jogos pode achar tudo normal, mas pelo menos em dois deles o Vitória merecia os três pontos. A equipa de Couceiro tem mostrado um futebol mais atractivo do que na época passada, mas falta aliar os resultados às boas exibições. O Braga, por seu turno, tem estado um pouco aquém do esperado, mas já venceu dois jogos e os dois que perdeu foram contra Benfica e Porto. É um teste muito difícil para os sadinos, mas também um jogo que, em caso de vitória, pode galvanizar a equipa.

V. Guimarães — Boavista

Domingo 10, 18h00


O Vitória de Guimarães não vence desde a primeira jornada. Depois do excelente 4º lugar na temporada passada, a equipa de Pedro Martins está a ter um arranque aquém do esperado. Do Boavista não se pode falar muito melhor. Perdeu os três primeiros, mas venceu na quarta ronda. São duas equipas separadas por 1 ponto, em busca de melhores resultados e melhores exibições. Por jogar em casa, o Vitória tem favoritismo na partida, mas vai ter de começar a mostrar mais afinco se não quer continuar a ser surpreendido.

Estoril — Moreirense

Domingo 10, 20h15


A derrota em Alvalade era um resultado esperado, mas a exibição do Estoril provou que é uma equipa em excelente momento e que, a continuar assim, pode sonhar com voos mais altos que a luta pela manutenção. A equipa de Pedro Emanuel tem bons executantes, pratica um futebol atractivo e marca golos. Pela frente terá um Moreirense que é uma das equipas mais fracas deste arranque de Liga. A derrota caseira com o Tondela foi só o episódio mais recente na história dos cónegos. A equipa de Manuel Machado tem muitas fragilidades e, se tudo correr dentro da normalidade, vai ter muitas dificuldades no Estoril.

Aves — Belenenses

Segunda 11, 20h00


Com apenas 1 ponto, o Aves tarda em traduzir em resultados o investimento que foi feito para estar temporada. O facto de ter um plantel com demasiadas caras novas vai sendo, jornada após jornada, uma desculpa cada vez menos válida. A recepção ao Belenenses é uma boa oportunidade para vermos um Aves mais empenhado na procura dos três pontos. Os azuis do Restelo são uma equipa frágil e, em teoria, um adversário com o qual o Aves de pode bater de igual para igual. É difícil de prever o resultado, mas espera-se um Aves a encarar este jogo como fulcral para as suas aspirações de fazer uma época tranquila.

Liga Maisfutebol: os melhores jogadores de Agosto

São estes os 20 mais pontuados no final do mês Agosto.


O primeiro mês da Liga Portuguesa está concluído. Foram 4 jornadas, com uma ou outra pequena surpresa, mas nada de por aí além. Sim, o Benfica perdeu pontos em Vila do Conde. Mas os grandes vão sempre perder pontos algures e Vila do Conde não é um lugar inesperado para que tal aconteça.

Com estas 4 jornadas na Liga Maisfutebol, já podemos fazer o primeiro balanço. E se o que alimenta as pontuações das vossas equipas são os pontos dos jogadores, é disso que falaremos. Sem mais demoras, aqui fica o Top 20 dos jogadores mais pontuados em Agosto.


A primeira nota, claro, vai para os líderes destacados: Marcano e Jonas, ambos com 35 pontos nestes quatro jogos. O central do Porto, que aparece em primeiro por ter menos percentagem de utilização na RealFevr, participou em 4 jogos sem sofrer golos em qualquer um deles. Ainda marcou um e assistiu para outro. Jonas, por outro lado, fez mais de metade dos seus pontos totais num só jogo. Nesse, marcou 3 golos e assistiu para outro. Nos outros três, marcou mais 2 golos e fez outra assistência.

A segunda nota vai para os clubes: Porto e Sporting, os líderes do campeonato, colocam 6 jogadores cada neste top. Bas Dost, curiosamente, que foi o jogador mais pontuado na RealFevr no ano passado, não é um dos 6 leões. Nestes sportinguistas, há três reforços: Piccini, Bruno Fernandes e Coentrão.

O Benfica coloca três jogadores neste top, o que não é grande surpresa. O Feirense tem dois, o que já é para ter em conta. E os restantes clubes representados, todos com um jogador, são o Estoril, o Rio Ave e o Marítimo.

Se reparares na coluna de pontos por jogo, Coentrão e Salvio têm médias muito interessantes e estariam mais acima na tabela se esta fosse ordenada por esse critério. Isto porque estes dois jogadores participaram em 3 dos 4 jogos, o que faz com que tenham tido 0 pontos numa das jornadas. Mesmo assim, fizeram o suficiente nas três que jogaram para entrar na tabela.

Em termos de posições, temos 3 guarda-redes, 8 defesas, 6 médios e 3 avançados. A tendência da época passada mantém-se. Avançados a render bons pontos.

Claro que, com 4 jornadas decorridas, ainda é muito cedo para tirar conclusões. No final de Setembro haverá novo Top. Não apenas o Top de Setembro, mas também o Top acumulado, onde daremos nota de quem subiu e desceu na classificação e quais são as novas entradas.

Antevisão da Jornada 4 da Liga Portuguesa


O Porto vai a Braga, o Benfica a Vila do Conde e o Sporting recebe o Estoril. Seis clubes que estão nos sete primeiros lugares da tabela. É, portanto, um fim-de-semana de líderes. Veremos como acaba e se há, finalmente, algum grande a perder a pontos.

Belenenses — V. Setúbal

Sexta 25, 20h30

Potencial jogo para empate, embora possa cair para qualquer um dos lados, dependendo da faceta que as equipas apresentem.

Os azuis do Restelo vêm de uma pesada derrota na Luz e é uma equipa que mostrou ainda muito pouco futebol. A opção pelos três centrais, que Domingos implementou, pode estar em risco. Ou começa a dar frutos ou é abandonada. O central Nuno Tomás e o guarda-redes Muriel são os jogadores mais pontuados até agora.

O Vitória ainda não venceu na Liga. Dois empates e uma derrota são o registo francamente pobre dos sadinos. No último jogo, em casa com o Chaves, o Vitória deu boas indicações. Jogou melhor futebol, criou ocasiões, mas faltou concretizar. Se mantiver o registo exibicional, o Vitória pode ir com a ambição ao Restelo. João Amaral e Nuno Pinto são os jogadores em destaque.

Paços de Ferreira — V. Guimarães

Sábado 26, 16h00

Os da casa ainda não venceram, os visitantes vêm de duas derrotas. Duas equipas de orgulho ferido que podem protagonizar um bom jogo.

O Paços vem de uma derrota em Santa Maria da Feira que pode ter um efeito negativo na moral da equipa. A derrota veio no último, num penálti confirmado com vídeo-árbitro, e a revolta pacense foi veiculada pelas declarações do treinador. Temos, portanto, uma equipa que apresentou um futebol pobre e que vem de uma derrota dura. Bruno Moreira e Pedrinho são os mais pontuados nos pacenses.

O Vitória sofreu uma pesada goleada caseira frente ao Sporting e, antes dessa, uma pesada derrota no Estoril, por 3–0. Ou seja, a defesa vitoriana caminha sobre brasas. Este jogo tem de ser encarado como uma oportunidade para afastar qualquer cenário de crise. Mas se falharem, essa palavra vai pairar sobre Guimarães. Em destaque no Vitória têm estado Hurtado e Raphinha.

Moreirense — Tondela

Sábado 26, 16h00

Ainda é muito cedo, mas estas parecem ser duas equipas candidatas à descida. Por isso, é um jogo difícil de prever. O Tondela tem mostrado mais futebol, mas o Moreirense tem o factor casa. Empate?

Em Moreira de Cónegos ainda não se conhece o sabor da vitória, mas a jornada anterior não serve de grande exemplo: a derrota com o Porto era mais do que esperada. Dos outros dois jogos, que deram empate, muito pouco se reitra: o Moreirense parece ter muita falta de argumentos para escapar aos lugares do fundo. Jhonatan e André Micael são os melhores até agora.

O Tondela tem apenas um ponto, obtido na primeira jornada, mas a verdade é que tem feito melhores jogos. Até quando vai resistir esta vontade de jogar melhor, e com mais pendor ofensivo? Quando é que voltam ao modo pragmático de conquistar um pontinho aqui e ali? Se o Tondela insistir nesta abordagem mais positiva, pode levar os três pontos deste jogo. Tomané é o jogador mais pontuado da equipa beirã.

Chaves — Feirense

Sábado 26, 18h15

Mais um jogo onde se prevê equilíbrio. O factor casa pode ser determinante para que o Chaves alcance a primeira vitória.

Depois de dois jogos onde a equipa jogou bem mas perdeu, o Chaves fez a exibição mais pobre na jornada passada, em Setúbal. Mas empatou. A jogar em casa, diante dos seus adeptos, é expectável que a equipa mostre mais e aposte tudo em conquistar a primeira vitória da temporada. Pedro Tiba e William Oliveira são os mais destacados nos flavienses.

O Feirense ainda não perdeu, apesar de não ter mostrado um futebol particularmente atractivo. Com dois empates e uma vitória, Nuno Manta parece bem encaminhado para fazer uma época tranquila. Frente ao Chaves, o Feirense pode tentar surpreender, porque os flavienses já mostraram lacunas defensivas e procuram ainda o melhor entrosamento. No Feirense, Etebo, Sony e Tiago Silva são os mais pontuados.

Rio Ave — Benfica

Sábado 26, 20h30

Um dos jogos grandes da jornada, entre duas equipas que ainda só venceram. O Benfica tem o favoritismo de ser o Benfica, mas prevê-se um jogo muito difícil.

O Rio Ave está a ter um arranque de sonho, com três vitórias em três jogos. Se tivermos em conta que a equipa perdeu o treinador da época passada, e que o novo treinador, Miguel Cardoso, não tinha experiência de treinador principal, o feito é ainda mais notável. Para este jogo a pressão está toda do lado do Benfica e isso será mais um atractivo para ver o que fará o Rio Ave no primeiro grande teste. Cássio, Marcelo e Rúben Ribeiro são os destaques.

O Benfica tem o melhor ataque da prova e as mesmas três vitórias que o Rio Ave. Vem de uma goleada ao Belenenses e tem dois avançados em grande forma. Depois da difícil vitória em Chaves, este será mais um teste difícil aos encarnados. Mas se o Rio Ave jogar de forma aberta, o Benfica pode tirar partido disso. Jonas, Salvio e Seferovic são os jogadores mais destacados.

Boavista — Aves

Domingo 27, 16h00

Só com derrotas, o Boavista tem de inverter rapidamente esta tendência. Frente ao Aves tem uma oportunidade de ouro, onde é favorito.

Na visita à Madeira da jornada passada, o Boavista somou a terceira derrota em outras tantas partidas e ocupa, solitário, o último lugar. A equipa de Miguel Leal apresenta ainda muitas lacunas, mas tem aqui uma boa oportunidade para pôr fim ao ciclo negro. Rochinha é o grande destaque dos axadrezados.

O Aves não está muito melhor, com apenas um ponto. A revolução operada no plantel ainda demorará algum tempo a dar frutos, pelo que esta deslocação ao Bessa é mais um desafio complicado para os pupilos de Ricardo Soares. Facchini, Ponck e Agra são os mais pontuados.

Sporting — Estoril

Domingo 27, 18h00

Favoritismo, óbvio, para os leões, depois de dois jogos consecutivos a marcar 5 golos. Ainda assim, o Estoril tem sido uma das melhores surpresas do arranque.

Depois da goleada por 0–5 em Guimarães, o Sporting foi golear o Steaua na Roménia, garantindo o acesso à Champions. 1–5 foi o resultado e os leões trazem estes dois jogos com 10 golos marcados para receber o Estoril. A superioridade dos leões e o poder ofensivo da equipa deverão chegar para garantir os três pontos. Piccini, Gelson e Coates são os mais pontuados até agora.

O Estoril foi ao Dragão na primeira jornada e na quarta vai a Alvalade. Um arranque de Liga muito difícil (destes quatro jogos, só um foi em casa), que a equipa de Pedro Emanuel está a encarar de frente. Depois da derrota com o Porto, o Estoril venceu os dois jogos seguintes, com bom futebol, ocasiões de golo e a mostrar ambição. Em Alvalade, sem pressão, vai tentar fazer a gracinha. Allano tem sido a grande revelação dos canarinhos.

Braga — Porto

Domingo 27, 20h15

Teoricamente o jogo grande da jornada (embora haja outros com potencial para isso). O Braga parece ainda ser menos “equipa” do que em anos anteriores, pelo que o Porto tem favoritismo.

Depois da derrota inaugural com o Benfica, os bracarenses venceram nas jornadas 2 e 3. Em ambas, contudo, estiveram longe de impressionar. A equipa parece ainda lenta de processos e com alguma dificuldade em assumir o jogo e criar ocasiões. Este é mais um jogo dificílimo. Esgaio, Xadas e Matheus são os destaques minhotos.

Os dragões venceram o Moreirense por 3–0, com um hat-trick de Aboubakar. Com o camaronês em grande forma, e com a equipa a jogar bom futebol, o Porto vai a Braga para vencer. O treinador dos dragões já orientou o Braga, pelo que conhece bem o adversário. Se tudo correr como tem corrido, o favoritismo é todo dos azuis e brancos. Marcano, Aboubakar e Telles são os mais pontuados.

Portimonense — Marítimo

Segunda 28, 20h00

Jogo difícil para o Marítimo, depois provável falhanço no acesso à Liga Europa [o jogo está a decorrer]. O Portimonense tem jogado bom futebol, mas só venceu um jogo.

Não foi um calendário inicial fácil para o Portimonense neste arranque da Liga. Depois da vitória inaugural, os algarvios tiveram duas deslocações difíceis — Braga e Rio Ave — e perderam em ambas. Agora regressam a casa e vão tentar voltar aos triunfos, frente a um adversário que defende bem e tem muitos anos de Liga. Tabata e Paulinho são os maiores destaques na equipa.

O Marítimo vem de uma vitória suada sobre o Boavista e a provável derrota com o Dynamo Kyiv no acesso à Liga Europa [o jogo está a decorrer]. A equipa de Daniel Ramos está ainda a meio-gás e isso poderá sair caro se não tiverem um postura mandona em Portimão. Os algarvios já provaram ser destemidos e ofensivos. Bebeto é o jogador mais pontuado até agora.

Antevisão da jornada 3 da Liga Portuguesa

O Vitória de Guimarães — Sporting é jogo grande, mas há outros com interesse.


A terceira jornada vai ajudar-nos a perceber melhor o que esperar de algumas equipas. Ainda é muito cedo para percebermos quem lutará pela manutenção, quem lutará pela Europa e quem fará um meio-da-tabela tranquilo e resolvido cedo. O Vitória de Guimarães — Sporting é o jogo grande da jornada e é importante para os leões, porque os rivais têm adversários acessíveis.

Rio Ave — Portimonense

Sexta 18, 20h30

A jornada inaugura em Vila-do-Conde, naquele que promete ser um excelente jogo. O favoritismo está do lado do Rio Ave, que ainda só venceu, mas os visitantes já mostraram que querem atacar e marcar golos.

O Rio Ave venceu os dois primeiros jogos da Liga, sendo a única equipa a consegui-lo além dos três grandes. A saída de Luís Castro para o Chaves não parece ter afectado o rendimento da equipa. O novo treinador, Miguel Cardoso, pegou no trabalho feito e os vila-condenses continuam a mostrar bom futebol. Jogando em casa, contra um recém-promovido, o Rio Ave terá de impor o seu favoritismo. Cássio, Yuri Ribeiro, Francisco Geraldes e Lionn são os jogadores em destaque até agora, na Liga Maisfutebol.

O Portimonense vem de uma derrota em Braga, mas foi um jogo onde a equipa de Vítor Oliveira, à semelhança do que fez na primeira jornada, mostrou bom futebol, de pendor ofensivo. Assim, é expectável que o Portimonense se apresente da mesma forma na visita ao Rio Ave, permitindo que haja um jogo aberto, onde a eficácia ditará o desfecho. Na equipa do Portimonense, Tabata, Paulinho e Rúben Fernandes são os melhores até agora.

Tondela — Estoril

Sábado 19, 16h00

Este embate poderá ser um bom indicador para percebermos o que querem estas duas equipas. À partida, o Estoril parece mais forte, mas o Tondela joga em casa e também deu boas indicações.

Com apenas 1 ponto conquistado, o Tondela não está a ter um arranque fácil. Mas a verdade é que no último jogo, no Dragão, a equipa beirã perdeu por apenas 1–0 e mostrou boas indicações. A recepção ao Estoril será um bom teste para vermos ao que vem o Tondela. Se vai repetir a fórmula de anos anteriores — mais preocupado em não perder do que em ganhar — ou se vai ter uma abordagem mais ofensiva, procurando uma manutenção menos aflitiva.

O Estoril vem de uma vitória robusta sobre o Vitória de Guimarães, por 3–0, com Kléber a bisar. A equipa de Pedro Emanuel terminou a época passada em crescendo de forma e pode ser uma das boas surpresas esta temporada. Com jogadores que tratam bem a bola, os canarinhos têm matéria-prima para causar estragos nas defesas contrárias. A visita a Tondela, diante de um adversário do seu campeonato, pode ser uma excelente oportunidade para vincar uma posição mais ambiciosa. Kléber, Pedro Monteiro e Allano são os melhores do Estoril até agora.

V. Guimarães — Sporting

Sábado 19, 18h15

Jogo grande da jornada, entre o terceiro e quarto classificados da época passada. O Sporting, por ser o Sporting, tem algum favoritismo, mas o Vitória em casa é uma equipa muito forte.

O Vitória sofreu uma derrota pesada no Estoril, num jogo onde acabou reduzido a 9 unidades. Se isto ajuda a explicar os números, não deixa de ser verdade que o Estoril estava a dominar a partida mesmo quando eram 11 contra 11. Já na primeira jornada o Vitória venceu o Chaves com muito sofrimento. É, por isso, uma equipa ainda à procura da melhor forma. Terá de se superar para vencer o Sporting. Hurtado e Raphinha são os melhores dos vimaranenses.

Os leões jogaram o play-off da Champions a meio da semana e o resultado desanimador (empate caseiro com o Steaua), a exibição tristonha e o cansaço podem ser factores a ter em conta. Claro que não é tudo mau. Os verdes e brancos venceram os dois jogos disputados na Liga e podem aproveitar as fragilidades do Vitória para somar mais uma. Gelson e Coates são os mais pontuados até agora, seguidos de perto por Piccini, Patrício, Mathieu e Acuña.

Benfica — Belenenses

Sábado 19, 20h30

Na Luz, o Benfica é sempre favorito. Frente ao Belenenses, será preciso uma grande surpresa para que os 3 pontos não fiquem em casa.

O Benfica vem de um daqueles jogos perfeitos para a força anímica. A vitória muito sofrida em Chaves, e conseguida já nos descontos da partida, pode ter esse condão de motivar ainda mais a equipa, com a crença de que lutando até ao fim, a vitória será alcançada. À parte isso, o Benfica tem, obviamente, melhor equipa e entrou bem na época. Seferovic e Salvio são os jogadores em destaque na Liga Maisfutebol.

Quanto à equipa do Restelo, vem de uma vitória caseira sobre o Marítimo, por 1–0. Domingos Paciência tem usado um esquema táctico com três centrais, algo ainda muito pouco visto no nosso campeonato, e não se tem dado mal. Esta visita à Luz será o mais difícil teste até à data. É um jogo de zero expectativa para os azuis, o que pode libertar a equipa para uma boa exibição. Mas para isso será necessário não encaixar golos cedo. Nuno Tomás e Muriel Becker são os melhores até agora no Belenenses.

V. Setúbal — Chaves

Domingo 20, 16h00

Com duas derrotas, o Chaves precisa de encontrar o caminho das vitórias e a visita a Setúbal pode ser encarada como decisiva pelos minhotos.

O Vitória soma apenas 1 ponto, fruto de empate caseiro com o Moreirense. Mas em Alvalade, onde perdeu por 1–0, a equipa sadina bateu-se bem. Nesta jornada, a recepção ao Chaves é um jogo importante. São duas equipas sem vitórias, que não querem prolongar esta seca por muitas jornadas. O Vitória terá de ser incisivo e sólido na defesa, porque o adversário pode causar estragos. Edinho e João Amaral são os destaques, numa equipa muito modesta até agora.

O Chaves perdeu os dois jogos que realizou, mas foram dois jogos difíceis: em Braga e recepção ao Benfica. Por isso, é expectável que Luís Castro encare este jogo como o primeiro jogo da época. Se essa mentalidade passar para os jogadores, o Chaves vai apresentar-se em Setúbal decidido a levar os três pontos. E tem jogadores para isso. William Oliveira é o jogador mais pontuado dos flavienses, na Liga Maisfutebol.

Porto — Moreirense

Domingo 20, 18h00

A jogar em casa, o Porto tem tudo para somar a terceira vitória em outros tantos jogos na Liga. Será preciso um milagre para que o Moreirense não perca.

A segunda jornada não foi tão fácil para os dragões como a primeira. Na visita a Tondela, o Porto marcou apenas um golo e teve alguns calafrios. Mas os azuis e brancos são muito superiores a este Moreirense e é expectável que o demonstrem em campo. Marcano é o mais bem pontuado, seguido por um grupo de quatro jogadores também em bom plano: Felipe, Marega, Óliver e Ricardo Pereira.

O Moreirense tem dois empates nos dois jogos realizados, mas ainda não entusiasmou. Aliás, os dois empates são reveladores: parece uma daquelas equipas que vai acumular empates, mais preocupada em não perder do que em ganhar jogos. Essa estratégia, contra os grandes, volta e meia dá um pontinho, num jogo enfadonho e sem interesse. Mas a visita ao Dragão tem tudo para correr mal à turma de Manuel Machado. André Micael e Jhonatan são os melhores até agora.

Aves — Braga

Domingo 20, 20h00

Mais um teste complicado para o promovido Aves. O Braga parte com favoritismo, mas não pode pensar que são favas contadas.

O Desportivo das Aves fez uma boa primeira parte em Paços de Ferreira, mas depois não conseguiu gerir a vantagem de dois golos e deixou-se empatar. É uma equipa cujas ideias vão começando a surgir, mas a que ainda falta coesão e solidez. A jogar em casa, o Aves pode complicar a vida ao Braga, mas será mais um jogo muito difícil. Ponck, Agra e Nildo Petrolino são os melhores até agora, mas este último estará lesionado por bastante tempo.

O Braga venceu o Portimonense, num jogo animado e onde os bracarenses ainda se viram a perder. Souberam dar a volta ao resultado, mostrando que a derrota inaugural na Luz não abalou a equipa. Esta visita a Vila das Aves é uma boa oportunidade para os guerreiros do Minho darem continuidade às vitórias. Xadas e Ricardo Esgaio são os jogadores em destaque nos arsenalistas.

Marítimo — Boavista

Domingo 20, 20h15

A jogar em casa, o Marítimo parte em vantagem. Mas o Boavista tem duas derrotas e está faminto de pontos.

Os madeirenses vêm de uma derrota em Belém e, antes desta jornada, jogam hoje para a Liga Europa, contra o Dynamo Kyiv. Este confronto europeu pode ter influência na forma física e anímica dos insulares. Seja como for, a jogar em casa, o Marítimo parte em vantagem. Mas, como disse, o Boavista será um adversário traiçoeiro. Éber Bessa é o jogador em destaque nos verde-rubros.

O Boavista está a ter um mau arranque, com duas derrotas nas duas primeiras jornadas. A primeira foi em Portimão e a segunda em casa frente ao Rio Ave. Apesar disso, o Boavista não pareceu uma equipa péssima. Não pareceu uma equipa para ocupar o último lugar da tabela. Por isso, Miguel Leal quer que a sua equipa entre rapidamente no caminho das vitórias e vai tentar fazê-lo já nos Barreiros. Rochinha é o jogador em evidência nos axadrezados.

Feirense — Paços de Ferreira

Segunda 20, 20h00

Duas equipas que mostraram pouco neste início de época. Este jogo tem tudo para dar em empate.

O Feirense tem dois empates em dois jogos e ainda não mostrou grande futebol. Depois do final da época passada, com uma segunda volta brilhante, esperava-se mais dos fogaceiros. Não está a ser um arranque péssimo, mas a equipa parece ainda estar a descobrir-se. O Paços, por ser um adversário do mesmo campeonato, pode ser um bom adversário para testar a ambição deste Feirense. Caio Secco e Hugo Seco são os destaques desta equipa que precisa de olear as dobradiças (desculpem, tinha de fazer uma piada qualquer).

O Paços perdeu na Madeira por 1–0 e quase perdia em casa com o Aves. Mas foi capaz de recuperar de um 0–2 para um empate a duas bolas, que ainda assim deixa os castores com apenas 1 ponto. Com Welthon a regressar aos poucos após a lesão que o deixou de fora na pré-época, o Paços parece estar ainda a crescer. Mas até onde conseguirá chegar? Este é um bom teste para irmos desvendando a equipa. Pedrinho e Bruno Moreira foram os jogadores que se evidenciaram até agora.

Antevisão da Jornada 2 da Liga Portuguesa


Neste arranque da Liga Portuguesa, não há tempo para descansar entre a Jornada 1 e a 2. Com Gelson Martins em grande destaque, o Sporting é a primeira equipa a entrar em campo. Os três grandes venceram e houve poucas surpresas. Lê a nossa antevisão da Jornada 2 para saberes tudo o que vai acontecer.

SPORTING — V. SETÚBAL

Sexta 11, 20h30

Para este jogo, todo o favoritismo está do lado do Sporting. Espera-se, ainda assim, um aumento de ritmo por parte dos leões, face ao que mostraram na primeira jornada. O Vitória vai tentar voltar a ser um tomba-gigantes do campeonato.

O Sporting abriu a época a vencer o Aves, sem surpresa, com dois golos de Gelson. O extremo português e o reforço Marcos Acuña foram os agitadores numa equipa que parecia ainda em registo de pré-época. Graças à clean-sheet desse jogo, toda a defesa leonina está entre os mais pontuados.

O Vitória não foi além de um empate caseiro frente ao Moreirense, a uma bola. João Amaral, o MVP da partida, fez a assistência para o golo de Edinho, sendo os destaques no Vitória. Os sadinos jogaram melhor na primeira parte e tiveram que jogar com dez, após expulsão de Vasco Fernandes.

MOREIRENSE — FEIRENSE

Sábado 12, 16h00

Face ao que mostraram na primeira ronda, este tem tudo para ser um jogo equilibrado e muito difícil de prever.

O Moreirense foi empatar a Setúbal, tendo beneficiado de uma expulsão nos sadinos para chegar à igualdade. O Moreirense apareceu mais no segundo tempo e, mesmo antes da expulsão, já parecia mais perto do empate do que de sofrer outro golo. Ronaldo Peña, reforço que entrou no segundo tempo e marcou, é o destaque da equipa até agora, a parte de André Micael.

O Feirense também empatou, mas em casa, com o Tondela. A equipa de Nuno Manta fez uma má primeira parte, sofrendo um golo. E podia ter sofrido mais. Na segunda parte reequilibraram a partida, mas estão ainda muito longe do excelente Feirense do final da época passada. Hugo Seco, que marcou, e Etebo são os jogadores em destaque dos fogaceiros.

BELENENSES — MARÍTIMO

Sábado 12, 18h15

Este é mais um jogo difícil de prever. Teoricamente, o Marítimo parece uma equipa com aspirações mais elevadas, mas desiludiu um pouco no arranque. O factor casa poderá ter algum peso.

O Belenenses perdeu em Vila do Conde por 1–0. Foi um jogo de muita luta a meio-campo e com pouquíssimas ocasiões de golo. O Belenenses mostrou pouco e deverá querer aproveitar este jogo em casa para dar uma imagem mais esclarecida e eficaz.

O Marítimo venceu o Paços, nos Barreiros, por 1–0. Apesar já ter mais ritmo competitivo (com a pré-eliminatória da Liga Europa), o Marítimo não traduziu isso em campo. A equipa de Daniel Ramos teve menos bola e, apesar de ter tido espaço para contra-ataques, pareceu lenta e pouco esclarecida. Éber Bessa, que marcou, Luís Martins e Ricardo Valente foram os destaques.

BOAVISTA — RIO AVE

Sábado 12, 20h30

Este tem tudo para ser um bom jogo de futebol, entre duas equipas que procurarão a vitória. É difícil de prever, mas há um ligeiro ascendente para o Boavista, face ao factor casa.

Os axadrezados foram a Portimão perder por 2–1. Foi um excelente jogo de futebol, onde o Boavista esteve a vencer mas permitiu a reviravolta. O Boavista não esteve mal, mas o adversário pareceu mais forte e entrosado. Ainda assim, expectativa para ver mais da turma de Miguel Leal, onde Rochinha, autor do golo, foi o único jogador a destacar-se.

O Rio Ave recebeu e venceu o Belenenses, por 1–0, com golo de Francisco Geraldes. Como já dissemos, foi um jogo bem disputado a meio-campo, mas com falta de discernimento na frente. É expectável que o Rio Ave melhore o seu futebol. Geraldes, Lionn, Yuri Ribeiro e Cássio foram os mais destacados.

PAÇOS DE FERREIRA — AVES

Domingo 13, 16h00

Mais um teste difícil para o Aves, onde o favoritismo está do lado dos pacenses. Veremos se já se notará alguma evolução na equipa promovida.

O Paços perdeu na Madeira, mas deixou uma boa imagem. A equipa atacou, teve bola e procurou o golo, ainda que tenha acabado por sair dos Barreiros com a derrota. Para este jogo em casa, espera-se que mantenha a toada, até porque tem um adversário mais acessível. Vasco Rocha foi o jogador mais bem pontuado, mesmo que apenas com 4 pontos.

O Aves perdeu em casa com o Sporting e não teve grandes oportunidades para se mostrar nesse jogo. Houve um ou outro lance ofensivo promissor, mas nota-se que é uma equipa ainda em busca de entrosar todas as caras novas. Adriano Facchini e Washington foram os menos maus.

BRAGA — PORTIMONENSE

Domingo 13, 18h00

Muita curiosidade em ver o que mostrará o Portimonense num campo difícil como é a Pedreira. O Braga tem todo o favoritismo, claro, mas o Portimonense já mostrou atrevimento.

O Braga foi perder à Luz por 3–1, mas deixou uma boa imagem. A equipa de Abel Ferreira teve velocidade, pressionou e disputou o jogo pelo jogo. Fez um golo mas até podia ter feito mais. Hassan, que marcou, e Esgaio, que assistiu, foram os melhores jogadores dos minhotos.

O Portimonense venceu em casa o Boavista, por 2–1, neste regresso ao principal escalão. Excelente jogo dos algarvios, que até estiveram a perder mas quiseram e souberam ir atrás do resultado. Ter a mesma e o mesmo treinador do ano passado ajudam. Rúben Fernandes, Tabata (estes dois marcaram) e Wellington foram os destaques.

TONDELA — PORTO

Domingo 13, 20h15

Todo o favoritismo está do lado do Porto. Será preciso um grande Tondela, e um Porto em dia não, para que haja outro resultado que não a vitória dos azuis e brancos.

O Tondelo deixou boa imagem na visita a Santa Maria da Feira, onde conseguiu um empate a dois. Os tondelenses estiveram em vantagem e até tiveram uma ocasião flagrante para aumentar. Depois acabaram por perder algum gás e conceder o empate. Cláudio Ramos e Murilo Freitas foram os melhores.

O Porto goleou o Estoril por 4–0, num festival ofensivo que podia ter tido números mais avultados. A equipa de Sérgio Conceição entusiasmou os adeptos e parece empenhada em fazer um grande arranque. Soares lesionou-se e Marega, que o substituiu, marcou dois golos. Além do maliano, Marcano, Brahimi e Óliver são os destaques.

ESTORIL — V. GUIMARÃES

Segunda 14, 19h00

O Estoril vai ter de encarar este jogo como o verdadeiro arranque, depois da goleada no Dragão. O Vitória sofreu para vencer e mostrou algumas debilidades. Ainda assim, favoritismo para os minhotos.

Os canarinhos visitaram o Dragão na estreia e foram goleados, num jogo de sentido único. Não deu para ver do que será capaz este Estoril, que terminou bem a época passada. Neste jogo caseiro, a equipa de Pedro Emanuel tem mais um teste difícil, mas que é bastante mais acessível que o anterior.

O Vitória venceu o Chaves por 3–2, mas sofreu no final da partida. Esteve a vencer por 3–0, não tanto por ter feito um jogo avassalador, mas porque soube aproveitar muito bem os erros do adversário na saída de bola. Em construção, o Vitória não foi tão eficaz quanto no contra-ataque. Em destaque estiveram Paolo Hurtado, Raphinha e Zungu, os autores dos três golos (Hurtado fez a assistência para os dois dos colegas).

CHAVES — BENFICA

Segunda 14, 21h00

O Benfica é favorito, como é normal, mas o Chaves poderá causar danos à defesa encarnada. A defesa flaviense também mostrou fragilidade, pelo que este pode ser um jogo com alguns golos.

O Chaves perdeu em Guimarães por 3–2, mas fez um início e um final muito interessantes. A equipa de Luís Castro mostrou muitas debilidades na tentativa de sair a jogar desde a defesa, mas insistiu nessa estratégia. Na frente de ataque a história é outra, e a equipa parece sólida no processo ofensivo. William, que marcou os dois golos, é o grande destaque dos flavienses.

O Benfica venceu o Braga por 3–1, num teste difícil para o arranque da Liga. Tal como o Chaves, o Benfica parece mais sólido à frente do que atrás. A defesa encarnada, que perdeu três titulares no mercado (incluindo o guarda-redes), parece ainda estar em busca do melhor entrosamento. Seferovic, Jonas e Salvio foram os melhores jogadores dos encarnados.

Antevisão da Jornada 1 da Liga Portuguesa: entrar com o pé direito

Num misto entre “estado da nação” da Liga Portuguesa e análise ao calendário da Jornada 1, esta é “A Mãe de todas as antevisões”. Depois disto, já sabes tudo o que há para saber sobre o nosso campeonato.


Esta vai ser, quase de certeza, a Antevisão mais difícil de escrever. É a primeira jornada de uma nova época, os plantéis não estão fechados, ainda há muitas dúvidas e incertezas no ar. Todos querem entrar com o pé direito, mas a tarefa é espinhosa.

Peço desculpa a todos os leitores por um artigo tão grande. Não se assustem, as próximas jornadas serão mais fáceis de ler. É que havia muito para dizer. No fundo, só vos estou a tentar ajudar. Se ainda não fizeram a vossa equipa na RealFevr, depois de ler este artigo é uma boa altura para isso. É só carregar aqui.

Aves — Sporting

Domingo 6, 18h00

O Desportivo das Aves é um dos clubes promovidos este ano ao principal escalão (2º na Segunda Liga, 81 pts, 23V, 12E, 7D). A equipa do distrito do Porto tem novo treinador — Ricardo Soares (que orientou o Chaves na época passada, após a saída de Jorge Simão) — mas o grande destaque é o número de contratações. São mais de 20. Todo um novo plantel para este ataque à manutenção. Ou à Liga Europa?

Em teoria, os avenses têm um excelente plantel, mas são tudo caras novas. É expectável que precisem de algumas jornadas para afinar a máquina. E um arranque contra o Sporting é um bom ensaio, porque é um jogo de expectativa reduzida. Tudo o que não seja uma goleada dos leões é um bom resultado para o Aves.

A equipa de Ricardo Soares já fez um jogo oficial, na Taça da Liga, onde foi eliminada pelo Moreirense, com uma derrota por 1–0. O onze que entrou nesse jogo, que já dá para ter uma ideia do que será o Aves, foi o seguinte:

Facchini, Rodrigo Soares, Diego Galo, Nélson Lenho, Washington, Cláudio Falcão, Nildo Petrolina, Braga, Sami, Alexandre Guedes, Salvador Agra

Depois disto, já chegaram mais dois reforços de peso para o ataque, o brasileiro Derley e o colombiano Arango, emprestado pelo Benfica. No entanto, Alexandre Guedes, um dos poucos que transita da época passada, tem estado em destaque na pré-época, apontando alguns golos.


Quanto ao Sporting (3º na época passada; 70 pts, 21V, 7E, 6D), há também vários reforços de peso para Jorge Jesus. Na defesa, Patrício e Coates mantêm-se, mas chegam Coentrão, Mathieu e Piccini. No miolo há vários reforços, com hipóteses diferentes de entrarem no onze: Bruno Fernandes é o que está melhor, e há ainda Battaglia e Mattheus Oliveira. Para o ataque chegou Doumbia.

Jesus fez experiências na defesa, incluindo testar o sistema de três centrais, que não deu grandes resultados. Bas Dost, Podence e Bruno Fernandes foram os jogadores que mais se destacaram na pré-época leonina.

Para o jogo em Vila das Aves, o Sporting tem todo o favoritismo do seu lado. Como já disse lá atrás, qualquer resultado que não seja uma goleada do Sporting pode ser visto como um bom resultado para o Aves. Com a revolução de plantel que houve, as primeiras jornadas deverão ser encaradas pelos avenses como uma extensão da pré-época. Havendo paciência, há matéria-prima suficiente para moldar uma equipa que garante a manutenção tranquila.

V. Setúbal — Moreirense

Domingo 6, 20h15

O Vitória de Setúbal (12º na época passada; 38pts, 10V, 8E, 16D) começa a Liga em casa, com a recepção ao Moreirense. Os sadinos continuam a ser orientados pelo experiente José Couceiro e têm alguns reforços interessantes. Talvez a perda mais substancial seja a de Mikel Agu, que regressou ao Porto. Para ocupar o lugar chegou um jogador da mesma proveniência, Tomás Podstawski, o jovem internacional pelas camadas jovens de Portugal.

Os sadinos perderam ainda Bruno Varela, João Carvalho, Nuno Santos ou Zé Manuel. Mas receberam, só para destacar alguns, o guarda-redes Cristiano Pereira, os defesas César e Patrick, os médios João Teixeira e Willyan, e o atacante Gonçalo Paciência.

O Vitória já jogou na Taça da Liga, onde venceu o Tondela por 1–0 (golo de Willyan), seguindo para a fase de grupos. O onze do Vitória nesse jogo foi o seguinte:

Pedro Trigueira, Issoko, Venâncio, Vasco Fernandes, Nuno Pinto, Podstawski, Costinha, João Teixeira, João Amaral, Willyan e Edinho

Os reforços Rafinha e Willyan estiveram em evidência na pré-temporada sadina, mas o primeiro não deverá ser titular.


O Moreirense conseguiu a manutenção na última jornada (15º classificado, 33 pts, 8V, 9E, 17D), mas o grande feito da equipa foi a conquista da Taça da Liga. Para a nova temporada, a equipa minhota decidiu apostar no treinador Manuel Machado, que na época passada orientou as duas equipas que desceram, Nacional e Arouca.

Os verdes axadrezados perderam alguns jogadores importantes como Cauê, Rebocho, Diego Galo ou Nildo Petrolina. O guarda-redes Makaridze foi apresentado, mas é quase certo que saia e nem no banco esteve, no jogo da Taça da Liga. Nos vários reforços, muitos são estreantes na nossa Liga e, por isso, ainda são incógnitas. Jhonatan é um guarda-redes brasileiro que chegou do Joinville e foi titular. Rafael Costa, outro brasileiro, chegou para o meio-campo e marcou o golo nesse jogo.

O onze do Moreirene, que bateu o Aves por 1–0, foi o seguinte:

Jhonatan, Koffi Kouao, André Micael, Mohamed Aberhoun, Rúben Lima, Alfa Semedo, Rafael Costa, Arsénio, Ohemeng, Boateng, Ença Fati

Na pré-época dos cónegos o destaque foi o repetente Boateng, com vários golos apontados.

Para este jogo em Setúbal, o Vitória tem o favoritismo de jogar em casa, de manter o treinador e de, na teoria, ter uma equipa mais forte. Manuel Machado tem de trabalhar muito e bem para provar que a época passada foi um acidente no seu currículo.

Portimonense — Boavista

Segunda 7, 17h00

O segundo dia da primeira jornada marca o regresso do futebol primodivisionário ao Algarve, com a recepção do Portimonense ao Boavista. A equipa algarvia foi campeã da Segunda Liga (83 pts, 25V, 8E, 9D), em mais uma subida orquestrada por Vítor Oliveira. Um dos pontos de maior interesse deste Portimonense é mesmo esse: saber como vai correr este regresso de Vítor Oliveira ao principal escalão. Porque, desta vez, o técnico natural de Matosinhos, especialista em subir equipas, decidiu continuar ao comando do Portimonense.

Os algarvios não perderam jogadores fulcrais, mas também não receberam reforços sonantes. Destaque para Rúben Fernandes, que regressa ao clube da sua terra natal, após passagem pelo campeonato belga, onde estava desde 2015.

Na pré-época dos algarvios, os destaques foram jogadores que transitam do ano anterior. Ewerton, Paulinho e Pires. O veterano ponta-de-lança português Jorge Pires (com 36 anos, marcou mais de 20 golos na época passada), contudo, lesionou-se e não será opção na primeira jornada.


O Boavista (9º na época passada, 43pts, 10V, 13E, 11D) perdeu uma das suas peças mais influentes da época 16/17, o extremo Iuri Medeiros, que regressou ao Sporting findo o empréstimo. Ainda assim, os axadrezados mantiveram outros jogadores importantes como Renato Santos, Fábio Espinho e o guardião Vagner. De referir ainda que os dois centrais mais utilizados também saíram: Lucas Tagliapietra e Philipe Sampaio.

A equipa do Bessa mantém ainda o treinador que terminou a época passada, Miguel Leal, e recebeu alguns reforços interessantes como Ricardo Clarke, Sparagna, Mateus e o avançado Leonardo Ruiz, que chega por empréstimo do Sporting.

Tal como o Portimonense, o Boavista ainda não teve nenhum jogo oficial na nova temporada. Em destaque na pré-temporada estiveram Rochinha, que já vem da época passada, o reforço Mateus e o jovem Samu, que esteve emprestado na temporada passada ao Fafe.

Por ser uma equipa recém-promovida, o Portimonense parte em desvantagem para este jogo. Mas são duas equipas cuja estrutura mexeu pouco, que mantêm os treinadores e que, por isso, terão processos mais enraizados do que outras equipas da Liga. Difícil de prever o resultado, mas talvez apostasse num empate.

Feirense — Tondela

Segunda 7, 19h00

Depois da magnífica segunda volta protagonizada pelo Feirense de Nuno Manta (acabou em 8º, 48 pts, 14V, 6E, 14D), há expectativa para ver o que os fogaceiros fazem esta temporada. E começam em casa frente ao Tondela.

A equipa de Santa Maria da Feira perdeu alguns jogadores importantes: o guardião Vaná, o médio Vítor Bruno, os avançados Karamanos e Platiny. Os reforços chegaram sobretudo do Brasil e da América Latina, pelo que ainda são um pouco incógnitas.

A pré-época dos fogaceiros não foi famosa, averbando várias derrotas. Ainda assim, destaque para José Valencia, o avançado colombiano que chegou do Santa Fe, e para João Tavares, um jovem de apenas 18 anos que teve várias oportunidades e correspondeu com golos.


O Tondela conseguiu mais uma manutenção milagrosa na época passada (32 pts, 8V, 8E, 18D). A equipa de Pepa perdeu alguns jogadores, com destaque para o benfiquista Jhon Murillo, que desta vez teve a Turquia como destino de empréstimo.

Nos muitos reforços do Tondela, destaque para o experiente central, internacional por Portugal, Ricardo Costa, que regressa ao nosso campeonato dez anos depois de ter abandonado o Porto. Recentemente, o Tondela garantiu também o avançado Tomané, que alinhou no despromovido Arouca.

A equipa beirã já foi eliminada da Taça da Liga, numa derrota por 1–0 com o Vitória de Setúbal. Este foi o onze apresentado por Pepa:

Cláudio Ramos, David Bruno, Nick Ansell, Ricardo Costa, Joãozinho, Claude Gonçalves, Pedro Nuno, Hélder Tavares, Tyler Boyd, Heliardo e Murilo Freitas

Provavelmente, foi a primeira vez que uma equipa da Primeira Liga jogou com dois “conterrâneos” da Oceânia no onze (não faço ideia se isto é verdade, nem saberia como verificar, mas achei que era um dado curioso e bizarro.)

Os jogadores dos tondelenses que mais se destacaram na pré-época foram os repetentes do ano passado: Murilo Freitas e Heliardo. Tyler Boyd também esteve em bom plano.

Face ao que as duas equipas apresentaram na temporada passada, o Feirense seria o claro favorito. Mas talvez o plantel do Tondela esteja mais rodado, porque saíram mais jogadores importantes do Feirense. Ainda assim, dou o favoritismo aos da casa.

Rio Ave — Belenenses

Segunda 7, 21h00

O último jogo de segunda-feira é em Vila do Conde, onde o Rio Ave recebe o Belenenses. Os vila-condenses (7º no ano passado, 49 pts, 14V, 7E, 13D) ficaram apenas a um ponto da Europa.

Uma das grandes perdas do Rio Ave foi o treinador Luís Castro, resgatado pelo Chaves. A aposta para o substituir não está isenta de risco: Miguel Cardoso, um trofense de 45 anos que vem do Shakhtar, onde foi adjunto no ano passado, depois de alguns anos a orientar a equipa B dos ucranianos (para quem não se lembra, consta que era o adjunto de Domingos Paciência quando a carreira deste estava em trajectória ascendente).

Quanto a jogadores, também saíram muitos. Dos que estavam emprestados, já não voltaram: Rafa Soares, Héldon, Gil Dias, Traoré e Gonçalo Paciência. Além destes, Krovinovic foi para o Benfica e Roderick para o Wolverhampton.

Mas há reforços muito interessantes: emprestado pelo Sporting chega Francisco Geraldes, que terá certamente mais tempo de jogo e menos tempo para leituras no banco; do Benfica chegam três, Yuri Ribeiro, Pelé e Nuno Santos. O avançado grego Karamanos foi contratado ao Feirense. E há ainda um brasileiro que é a contratação mais cara da história do clube, Gabrielzinho, e o colombiano Barreto.

Na pré-temporada, destaque para o Rúben Ribeiro, que continua no conjunto vila-condense. Os reforços Barreto e Karamanos já fizeram o gosto ao pé.


O Belenenses (14º na época passada, 36 pts, 9V, 9E, 16D) mantém o treinador com que terminou a época passada, Domingos Paciência. Nas saídas do plantel, destaque para as perdas de Edgar Ié, Domingos Duarte e Rosell (que terminaram o empréstimo do Sporting) e Abel Camará.

Na lista de reforços, há dois regressos a Portugal: Bruno Pereirinha, que estava no At. Paranaense, e o central francês Vincent Sasso. O Sporting emprestou Filipe Chaby aos azuis do Restelo. De resto, a maioria dos reforços ainda terá de provar valor.

A equipa de Domingos Paciência já jogou para a Taça da Liga, onde perdeu 1–0 com o Real de Massamá (não sabemos se foi eliminado, porque parece que houve uma irregularidade do Real que pode apurar o Belenenses). Este foi o onze apresentado pelo clube da cruz de Cristo:

Muriel Becker, João Diogo, Sasso, Gonçalo Silva, Florent Hanin, Persson, Yebda, André Sousa, Diogo Viana, Maurides, Femi Balogun

Na pré-temporada da equipa de Belém, destacaram-se Diogo Viana e Filipe Chaby.

Para este jogo, o Rio Ave tem o favoritismo de jogar em casa e de ter sido uma equipa que luta pela Europa nos anos recentes. Mas com um novo treinador e muitas saídas no plantel, há ainda alguma incerteza face ao que valerá a equipa vila-condense este ano. O Belenenses, ainda assim, já se deve contentar com um empate, e mesmo isso será difícil.

Marítimo — Paços de Ferreira

Terça 8, 16h00

Terça-feira, às quatro da tarde, é talvez o mais absurdo horário de sempre para um jogo da Liga Portuguesa. Estamos em Agosto, é verdade, mas terça-feira às 16h? Acontece na Madeira, onde o Marítimo recebe o Paços.

A equipa insular (6º no ano passado, 50 pts, 13V, 11E, 10D) perdeu alguns jogadores importantes. Os três mais importantes foram para o Braga: Raúl Silva, Fransérgio e Dyego Sousa. Maurício Antônio saiu recentemente para o Japão.

Do Braga chegaram também três jogadores: Gamboa, Piqueti e Rodrigo Pinho. Outro reforço a ter em conta é Ricardo Valente, que representou o Paços na época passada.

O Marítimo, que continua a ser orientado por Daniel Ramos, já disputou uma pré-eliminatória da Liga Europa, com o Botev Plovdiv, tendo passado após um 0–0 na Bulgária e uma vitória por 2–0 em casa. Na segunda mão, foi este o onze apresentado:

Charles, Bebeto, Pablo Santos, Zainadine, Luís Martins, Erdem Sen, Éber Bessa, Gamboa, Edgar Costa, Rodrigo Pinho e Ricardo Valente

Na primeira-mão tinha jogado Maurício, que entretanto foi vendido, em vez de Pablo Santos, e Piqueti em vez de Edgar Costa. Os golos deste segundo jogo foram de Rodrigo Pinho e Ricardo Valente.

Na pré-temporada, estiveram em bom plano os reforços Piqueti e Rodrigo Pinho. Dos repetentes, destaque para Éber Bessa.


Na equipa pacense (13º na época passada, 36 pts, 8V, 12E, 14D), o treinador Vasco Seabra também continua ao leme. Os castores perderam Ricardo Valente, Ivo Rodrigues, Filipe Melo, entre outros.

Nas contratações, regressos a Portugal de André Leão, que volta ao Paços após três anos no Valladolid, e Bruno Moreira, que esteve na Tailândia. Do Marítimo chegou António Xavier.

Na Taça da Liga, os pacenses já jogaram frente ao Arouca e venceram por 2–1, com golos de António Xavier e Diego Medeiros. Foi este o onze apresentado:

Mário Felgueiras, Bruno Santos, Marco Baixinho, Ricardo, Filipe Ferreira, André Leão, André Leal, Vasco Rocha, Diego Medeiros, Bruno Moreira e António Xavier

Em evidência na pré-temporada esteve Luiz Phellype e o reforço António Xavier.

Apesar da perda de jogadores fulcrais, o Marítimo parece partir em vantagem para este confronto. Joga em casa, vem motivado pela eliminatória da Liga Europa e os reforços têm mostrado serviço.

Porto — Estoril

Quarta 9, 19h00

O Porto entra em campo quarta-feira, recebendo o Estoril no Dragão. Os azuis e brancos (2º na época passada, 76 pts, 22V, 10E, 2D) trocaram de treinador, com Sérgio Conceição, mais um ex-jogador dos dragões, a substituir Nuno Espírito Santo.

Nas saídas do plantel, destaque natural para a venda de André Silva ao Milan. De relevo, registaram-se apenas mais duas saídas, Diogo Jota (estava emprestado pelo At. Madrid) e Rúben Neves.

No que a entradas diz respeito, só há uma contratação, a do guarda-redes Vaná. Mas há regressos de empréstimo que são excelentes reforços: Aboubakar e Ricardo Pereira, e outros que podem enriquecer o banco como Mikel Agu, Hernâni, Marega ou Rafa Soares.

Na pré-temporada dos dragões, estiveram em grande evidência os dois avançados, Soares e Aboubakar, revelando bom entendimento e pé quente. Corona e Brahimi também mostraram serviço, bem como Ricardo Pereira.


O Estoril (10º no ano passado, 38 pts, 10V, 8E, 16D), de Pedro Emanuel, perdeu alguns jogadores importantes. Mattheus Oliveira, Ailton, João Afonso, Diogo Amado.

Os reforços do Estoril não são sonantes e ainda vão ter de provar o seu valor. Destaque para Jorman Aguilar, avançado panamenho que chega do Olhanense, que já marcou dois golos na pré-época.

A equipa do Estoril fez uma boa pré-temporada, com muitas vitórias. Em destaque estiveram jogadores que transitam do ano anterior, sobretudo Carlinhos e Eduardo Teixeira.

Pedro Emanuel terá uma tarefa espinhosa, numa casa que conhece bem. O Porto tem, obviamente, todo o favoritismo do jogo. Seria uma tremenda surpresa o Estoril conseguir pontos no Dragão.

Benfica — Braga

Quarta 9, 21h00

O campeão em título, e vencedor dos últimos quatro campeonatos, entra em campo na quarta-feira, recebendo o Braga na Luz. Os encarnados (campeões com 82 pts, 25V, 7E, 2D), comandados por Rui Vitória, perderam algumas peças importantes, todos do eixo defensivo: Ederson, Nélson Semedo e Lindelöf.

Dos reforços, apenas Bruno Varela, recomprado ao Vitória de Setúbal, vem para uma destas posições. De resto, chegaram Seferovic, Krovinovic, Chrien e Willock.

A pré-temporada das águias ficou aquém das expectativas, com muitas debilidades defensivas. Em destaque esteve sobretudo o reforço atacante Haris Seferovic, que mostrou bom entendimento com Jonas.


O Braga (5º no ano passado, 54 pts, 15V, 9E, 10D) mantém a aposta no treinador Abel Ferreira. Nas saídas, ao já há muito anunciado André Pinto, juntaram-se Cartabia, Battaglia, Djavan e Baiano, entre outros.

Nos reforços, destaque para os três que vieram do Marítimo: Dyego Sousa, Fransérgio e Raúl Silva. Do Sporting chegaram dois laterais, Jefferson e Esgaio. André Moreira chegou por empréstimo do At. Madrid e Fábio Martins regressa do empréstimo ao Chaves, onde fez uma grande temporada. Danilo também regressa, após empréstimos a Benfica e Standard Liège na época passada

Tal como o Marítimo, o Braga já disputou uma pré-eliminatória da Liga Europa. E também se apurou, após prolongamento, frente ao AIK. 1–1 na primeira-mão na Suécia, 2–1 em Braga. O onze apresentado na primeira-mão foi este:

Matheus, Esgaio, Rosic, Raúl Silva, Jefferson, Pedro Santos, Danilo, Fransérgio, Fábio Martins, Stojiljkovic e Rui Fonte

O único golo do Braga foi do central Raúl Silva. Para a segunda-mão, Abel retirou Stojiljkovic e Fábio Martins do onze, colocando Hassan e Wilson Eduardo. Os golos foram apontados por Rui Fonte e, novamente, o central goleador Raúl Silva.

O central brasileiro já tinha sido o grande destaque da pré-temporada, onde já tinha apontado três golos! A veia goleadora que mostrou no Marítimo parece estar ainda mais apurada agora nos guerreiros do Minho.

Para esta estreia na Liga, Abel vai tentar canalizar a motivação que a equipa traz da Liga Europa, e explorar as debilidades que o Benfica apresentou na pré-temporada. Apesar disso, pré-época é só isso e, por muitas dúvidas que existam, o Benfica é favorito, porque joga em casa, porque é tetra-campeão e porque continua a ter jogadores que estão num nível acima da média.

V. Guimarães — Chaves

Quinta 10, 21h00

A jornada encerra na quinta-feira, na cidade berço, onde o Vitória recebe o Chaves. O Vitória de Guimarães (4º na época passada, 62 pts, 18V, 8E, 8D) fez uma grande temporada e mantém o treinador Pedro Martins para esta que agora arranca. Os minhotos perderam algumas peças importantes, nomeadamente os dois emprestados pelo Porto, Marega e Hernâni.

Nas contratações, destaque para o avançado colombiano Oscar Estupiñán, que vem do Once Caldas. Paolo Hurtado e Guillermo Celis, que estavam emprestados, foram comprados pelo Vitória. Francisco Ramos chega do Porto B.

Na pré-temporada dos vimaranenses, Estupiñán apontou vários golos, dando boas indicações para a época que arranca. Tozé, Raphinha e Texeira também estiveram em bom plano.


O Chaves (11º no ano passado, 38 pts, 8V, 14E, 12D) “roubou” o treinador ao Rio Ave. Luís Castro é o novo homem do banco. A equipa transmontana perdeu alguns jogadores importantes, como Fábio Martins, Braga, Nélson Lenho, Ponck ou Rafael Lopes.

Para colmatar estas saídas, a lista de contratações é extensa. Jorginho Intima, que saiu do Arouca para o Saint-Étienne a meio da época passada, chega ao Chaves por empréstimo dos franceses. Também emprestados, pelo Sporting, vieram Matheus Pereira e Domingos Duarte. Há ainda Filipe Melo, Rúben Ferreira e Higor Platiny, para citar só os mais conhecidos da nossa Liga.

Na pré-temporada, o reforço de ataque Wilmar Jordán, colombiano que chega da Bulgária, mostrou pontaria afinada. Jorginho, que chegou há pouco, só participou num jogo, mas marcou logo um golo.

A estreia em Guimarães não é o cenário ideal para o arranque do novo Chaves. Com o apoio dos seus fervorosos adeptos, o Vitória parte como favorito, até porque mantém grande parte da base da equipa e o treinador. Ainda assim, há que ter este Chaves em atenção, porque tem matéria-prima para fazer uma época melhor que a anterior.


Liga Portuguesa: tugas vs. estrangeiros


Lembram-se daqueles jogos de All-Stars (muitas vezes reformados) entre os jogadores de determinado continente ou país ou liga contra “o resto do mundo”? Se houvesse um jogo entre os portugueses da Liga Portuguesa, contra o resto do mundo — ou os estrangeiros a jogar em Portugal — quem venceria?

Fomos olhar para os números na RealFevr. À partida, era difícil adivinhar. Se o melhor de todos foi um estrangeiro — o holandês Bas Dost — os três seguintes são portugueses: Pizzi, Nélson Semedo e Gelson Martins. Por isso, a única forma de ter certezas era construir o onze completo. Então vamos a isso.

Lembram-se quando se começou a falar de acolher refugiados em Portugal? Um dos slogans mais usados pelos nacionalistas e gente parva em geral era “primeiro os nossos”. Que se lixe. Vamos primeiro aos estrangeiros, os incríveis jogadores que escolheram evoluir as suas carreiras neste rectangulozinho na ponta ocidental da Europa.

Melhor onze de estrangeiros na Liga Portuguesa 16/17

Liga Portuguesa - Dream Team Estrangeiros

Primeiro, olhemos para as nacionalidades. Do Brasil, o país mais representado, há seis jogadores (um no banco). Seguem-se, empatados, a Espanha e a Argentina, com dois representantes cada. O resto são exemplares únicos: um holandês, um sueco e, já no banco de suplentes, um peruano, um venezuelano e um maliano.

Quando analisámos os melhores jogadores do ano, já tínhamos estes guarda-redes e estes defesas e os dois avançados titulares. As novidades são, por isso, poucas. Mas é todo um meio-campo!

De forma surpreendente, o melhor médio estrangeiro da Liga para a RealFevr foi Cauê. O trinco brasileiro do Moreirense marcou 2 golos e fez 1 assistência, em 32 jogos. Só teve 6 clean sheets, mas compensa isto com 249 bolas recuperadas e 65 desarmes ganhos.

Os companheiros de meio-campo, nesta Dream Team, são ambos argentinos. Salvio, do Benfica, e Battaglia, que fez a primeira metade da época no Chaves e depois regressou ao Braga, que o tinha emprestado. Curioso é que todos os médios deste onze estão pelo menos 100 pontos abaixo do mais pontuado: Bas Dost.

No banco de suplentes, os dois médios são Jhon Murillo, do Tondela (emprestado pelo Benfica) e Paolo Hurtado, do Vitória de Guimarães. Como podem ver pelos pontos, o meio-campo é, claramente, o ponto mais fraco desta Dream Team de estrangeiros.

Melhor onze de portugueses na Liga Portuguesa 16/17

Liga Portuguesa - Dream Team Portugueses

Éder, com o seu pontapé glorioso na final do Europeu, fez-nos esquecer um pouco a crise de pontas-de-lança portugueses. Mas a verdade é que esse facto parece ainda ser verdadeiro. É a primeira coisa que salta à vista neste onze: o solitário André Silva, a grande esperança da espécie em vias de extinção que é o avançado português.

Em termos de representação clubística, no onze há dois jogadores de Benfica, Sporting e Rio Ave. Mas se incluirmos os do banco, quem tem mais é o Braga, com três. Se no onze de estrangeiros havia maior predominância dos grandes (o Porto com 5 jogadores), aqui há mais clubes fora desse espectro e mais variedade, com 8 clubes representados. Se incluirmos os suplentes, contudo, a equipa de estrangeiros tem mais 9 clubes representados.

Pizzi, Nélson Semedo e Gelson são os MVPs desta equipa, seguidos de perto por Rafa Soares, Gil Dias e André Silva. O meio-campo completa-se com Iuri Medeiros, do Boavista (emprestado pelo Sporting) e William Carvalho, dos leões. Na defesa, além de Semedo e Rafa (outro emprestado: pelo Porto ao Rio Ave), há Nuno Pinto do Vitória de Setúbal e Nélson Lenho do Chaves. A baliza é do bracarense Marafona.

No banco, o guarda-redes é Bruno Varela, do Vitória de Setúbal. Talocha, do Boavista, é o defesa. Os dois avançados são ambos do Braga: Rui Fonte e Ricardo Horta.

Conclusões

Como dissemos, o meio-campo é a posição mais frágil na Dream Team de estrangeiros. Na portuguesa, são os avançados quem apresenta as pontuações mais fracas, apesar do registo bom de André Silva.

Quem ganha, afinal, neste duelo? Não te vou obrigar a fazeres as contas. Faz a tua aposta agora, antes de leres a resposta.

Primeiro, se contabilizarmos só os onze titulares, a diferença é de apenas 81 pontos. E o vencedor é (rufar de tambores…): O onze de estrangeiros! Bas Dost e os defesas do Porto e Benfica são fundamentais para este desfecho. Se alargarmos a conta aos suplentes, a derrota aumenta de volume, com uma diferença de 120 pontos.

Os top 20 de estrangeiros e portugueses

Como já tinha feito no post dos melhores da Liga, também fui buscar o Top 20 para portugueses e estrangeiros. Aqui vão os portugueses, agora em primeiro lugar:


A crise de pontas-de-lança é real: no Top 20 só há um avançado, o André Silva. Isto quer dizer que eu tive de ir lá mais para o fundo da lista, para encontrar aqueles dois bracarenses que entraram no banco da Dream Team.

Há quatro guarda-redes, seis defesas e, na posição onde os portugueses dominam, nove médios (quase metade da lista!). Por clubes, temos muita difisão. Sporting, Porto, Rio Ave e Boavista têm 3 representantes cada um. O Benfica e o Vitória de Setúbal têm dois jogadores cada e os restantes clubes têm apenas um: Vitória de Guimarães, Tondela, Chaves e Braga.

E agora o top dos estrangeiros:

Liga Portuguesa - Top 20 estrangeiros

Como já tínhamos visto, os médios são a posição mais fraca, com apenas dois representantes. E são os dois últimos da lista! A posição mais representada é a dos defesas, com 9. Tal como nos portugueses, há 4 guarda-redes, mas os avançados são bem mais: 5.

A dispersão de clubes é bem menor neste top de estrangeiros. Metade da lista é do Benfica ou do Porto (5 jogadores de cada). O Marítimo surge a seguir, com 3 representantes. Com 2, temos o Sporting e o Vitória de Guimarães. Rio Ave, Braga e Paços de Ferreira têm um jogador cada.

E se houvesse um jogo entre estes dois Top 20, quem ganhava era novamente o lado do estrangeiros. Estes 20 jogadores totalizam 2946 pontos, enquanto que os portugueses se ficam pelos 2740.

E pronto. Creio que não seja uma grande surpresa a superioridade dos estrangeiros. Mas surpreendente, talvez, seja o facto de os portugueses não estarem assim tão longe. De facto, o Top 5 tem três portugueses. Mas se formos para o Top 10, continuam a ser só aqueles três.

Veremos como será na próxima época, com as prováveis saídas de alguns dos melhores portugueses. Cá estaremos para fazer o comparativo.

Quem vai ganhar a Champions League e porquê


Este Sábado, joga-se o mais importante jogo de clubes: a final da Champions League. Real Madrid e Juventus disputam em Cardiff o mais desejado título do futebol. Aqui na RealFevr, temos um hincha do Real, Alberto Salamanca. Não temos nenhum indefectível da Juve, mas eu posso fazer o papel. Quem vai ganhar e porquê?

Alberto Salamanca

O Real Madrid vai ganhar à Juventus porque tem melhores jogadores

Quantos jogadores da Juve seriam titulares no Real Madrid? Façamos contas. Bem, com toda a certeza Buffon, muito possivelmente Bonucci acompanharia Ramos no centro da defesa, e Dani Alves e Dybala lutariam por um lugar no onze contra Carvajal e Benzema, respectivamente. É preciso lembrar, a este respeito, que tanto Khedira como Higuaín, indiscutíveis para Allegri, tiveram que sair do Real porque não tinham lugar.

O Real Madrid vai ganhar a final de Cardiff porque “O Real não joga finais, ganha-as”

Se falarmos da “era Champions”, os blancos têm estatísticas que assustam: cinco finais jogadas e cinco finais ganhas (a primeira delas, precisamente, contra a Vecchia Signora, em 98). Por outro lado, os italianos perderam nas suas últimas quatro finais. Serão ambas as sequências produto do acaso? Sinceramente, não acredito. O emblema também joga.

Além disso, o Real, que já tinha sido a primeira equipa a ganhar de forma consecutiva a antiga Taça dos Clubes Campeões Europeus, concretamente com cinco vitórias consecutivas, poderá voltar a repetir a façanha e ser (novamente) o primeiro clube da história a ganhar em anos consecutivos a melhor competição de clubes do mundo: neste caso, a Champions League. Ganhando, seria para os merengues a terceira Champions nos últimos quatro anos. Uma loucura. Para pôr em perspectiva, o Bayern, colosso europeu, “só” ganhou duas nos últimos quarenta anos.

O Real Madrid levantará o seu décimo segundo troféu da Champions porque é uma equipa a quem é muito difícil ganhar

Desde a chegada de Zidane, há 18 meses, os blancos só perderam 7 jogos, e dois deles foram em eliminatórias da Champions que o Real passou. Das cinco restantes, todas foram pela margem mínimo e duas delas em tempo de desconto. Neste período, o Real foi campeão europeu, venceu a Supertaça europeia, foi campeão do mundo de clubes e, há uns dias, campeão espanhol. Sim, a Juve também venceu o Scudetto, mas enquanto os italianos disputam o título com o Napoli, equipa de segunda linha europeia, o Real tem que competir com o todo-poderoso Barcelona, de Leo Messi, ou o Atlético de MAdrid, finalista da Champions do ano passado e semi-finalista da presente.

Gonçalo Mira

A Juventus vai ganhar a Champions porque tem um treinador mais experiente

Massimiliano Allegri tem mais dez anos de experiência que o técnico dos merengues. Zidane orienta o Real desde 2015, depois de ter sido adjunto e treinador da equipa B. Allegri acumulou experiência, começando por baixo, orientando equipas tão desconhecidas como SPAL ou Grosseto, subindo progressivamente na carreira. Sassuolo, Cagliari, Milan e, desde 2014, a Juventus. Allegri já leva muitos anos, em contextos diferentes, e já provou ser um “mestre” da táctica que não tem problemas em usar usar esquemas muito distintos entre si. Allegri sabe qual o melhor desenho para levar de vencida cada adversário. Não é à toa que a Juve chega à final da Champions com apenas três golos sofridos. O Real sofreu quase seis vezes mais: 17. Não deixa de ser verdade que o poderio ofensivo dos espanhóis é superior, mas a mestria de Allegri vai secar o ataque merengue e vencer a final. Nem que seja nos penáltis.

A Juventus vai erguer o troféu porque Buffon merece

Oito campeonatos italianos, quatro taças, seis supertaças e um título da segunda divisão. Um Mundial, uma Liga Europa e um Europeu de sub-21. Buffon está na Juve desde 2001. Todo o século XXI é dele. É por muitos considerado o melhor guarda-redes da história. É, pelo menos, o melhor guarda-redes deste século. Aquele que continua a ser o guarda-redes mais caro da história do futebol é um daqueles jogadores de quem é difícil não gostar. Não é só o talento entre os postes, é também um jogador que parece nunca ser incorrecto, nunca nos dá motivos para odiá-lo. É um daqueles monstros italianos, de quando a Itália era um poço de talentos inesgotável. E este parece não querer retirar-se. Talvez com o troféu da Champions Buffon possa finalmente descansar e sair em grande.

A Juventus vai vencer porque desde 1989 que uma equipa italiana ganha de 7 em 7 anos

Em 1989 foi o Milan. Sete anos depois, em 1996, foi a Juventus. Sete anos depois, em 2003, foi o Milan. Sete anos depois, em 2010, foi o Inter. Agora, passados sete anos, é tempo de ganhar a Juventus. Claro que isto é tudo treta. Mas a Juve vai ganhar na mesma. Numa altura em que o futebol italiano está em crise, com os históricos Inter e Milan muito aquém daquilo a que habituaram a Europa, a Juve está de volta à glória. E não é porque não tenha passado por dificuldades, andou inclusive na segunda divisão. Buffon esteve lá e agora está de volta ao maior palco do futebol: a final da Champions. Vai ser dele!

Os melhores jogadores da Liga Portuguesa 16/17


Encerrada que está a nossa Liga Portuguesa, é altura de balanços. Começamos pelos melhores dos melhores. Os onze-mais-quatro magníficos que mais pontuaram. Como sabes, no modelo salary cap tens de ter dois guarda-redes, cinco defesas, cinco médios e três avançados. Depois, tens várias tácticas à disposição. Para o nosso Dream Team da Liga, sem surpresas, há cinco defesas no onze titular. E face ao bom registo defensivo de Benfica e Porto, não é de estranhar que sejam os cinco destas duas equipas.

Dream Team da Liga Portuguesa (total de pontos)

Liga Portuguesa - Dream Team Total Pontos

A primeira coisa que salta à vista é que o Porto, apesar do segundo lugar na Liga, é a equipa mais representada. E começa logo na baliza, onde Casillas é o melhor. O guardião espanhol fez 32 jogos (jogando sempre os 90), dos quais 19 sem sofrer golos. Fez 57 defesas e uma assistência para golo!

Na defesa, o melhor foi o lateral-direito do Benfica, Nélson Semedo. Semedo fez 31 jogos, completando os 90 minutos, nos quais marcou um golo e fez sete assistências. Tem ainda 18 clean sheets [CS], 193 bolas recuperadas [BR] e 71 desarmes ganhos [DG]. Lindelöf é o outro benfiquista na defesa (32 jogos, 1 golo, 20 CS, 160 BR e 18 DG).

Os outros três homens da defesa são o lateral-esquerdo do Porto, Alex Telles, e os seus dois colegas do centro, Marcano e Felipe. Todos eles têm 31 jogos, embora Telles não tenha terminado todos, ao contrário dos centrais. O lateral tem um golo e 8 assistências (mais 17 CS, 172 BR e 44 DG). Marcano marcou 4 golos e fez uma assistência (e 17 CS, 153 BR e 30 DG) e Felipe marcou dois e assistiu um (e 18 CS, 156 BR, 46 DG).

No meio-campo, o rei é Pizzi. Peça fulcral do tetra campeão Benfica, com 33 jogos disputados, o médio português fez nada menos que 10 golos (em 29 remates enquadrados) e 8 assistências. Beneficiou ainda de participar em 20 CS da equipa, tem 220 BR e 44 DG. Segue-se o desequilibrador do Sporting, Gelson Martins. O extremo fez 32 jogos, marcando 6 golos e assistindo 14 (é o jogador com mais assistências). Gelson tem ainda 12 CS, 187 BR e 47 DG. O meio-campo fecha com o único representante fora dos três grandes: Gil Dias. O extremo do Rio Ave, onde esteve emprestado pelo Monaco, jogou 33 partidas, somando 6 golos e 5 assistências (mais 13 CS, 155 BR e 50 DG).

No ataque está o jogador mais pontuado desta temporada na RealFevr: Bas Dost. O holandês do Sporting arrasou a concorrência com uns incríveis 34 golos em 31 jogos. Fez ainda 5 assistências, recuperou 40 bolas e fez 13 desarmes. Bastante distante, mas com lugar ao lado do holandês, está Francisco Soares. O avançado brasileiro fez metade da época no Vitória de Guimarães e a outra metade no Porto. No total, somou 31 jogos, marcando 19 golos e assistindo 3 vezes. Soares ainda tem 95 BR e 10 DG.

Sentados no banco de suplentes, aparecem mais dois representantes dos “clubes pequenos”. O guarda-redes suplente é Cássio, do Rio Ave. Os dois médios são Iuri Medeiros, do Boavista (ainda que emprestado pelo Sporting), e William Carvalho, do Sporting. No ataque, o banco tem um lugar para André Silva, o jovem ponta-de-lança do Porto.

Mas se a regularidade ditou que se escolhessem estes quinze jogadores, onde é que entrariam outros que não jogaram tanto, devido a lesões ou por terem chegado mais tarde? Fizemos o exercício: ordenámos os jogadores pelo critério de pontos por jogo, colocando a condicionante de terem jogado pelo menos 990 minutos (ou seja, o equivalente a 11 jogos completos; ou um terço da Liga). E há bastantes diferenças! Ora vejam.

Dream Team da Liga Portuguesa (média de pontos por jogo; mínimo de 990 minutos jogados)

Liga Portuguesa - Dream Team Pontos por Jogo

Desde logo, a táctica muda para um 4–3–3 e há maior preponderância de jogadores do Benfica, o que espelha a rotatividade que as lesões provocaram na equipa de Rui Vitória. A baliza passa a ser de Ederson. O guarda-redes dos encarnados fez 27 jogos, 17 dos quais sem sofrer golos. Fez 57 defesas e, tal como Casillas, uma assistência para golo.

Na defesa, o melhor passa a ser Grimaldo. O lateral-esquerdo do Benfica passou bastante tempo lesionado, mas ainda fez 14 jogos, com 2 golos e 3 assistências. Tem ainda 8 CS, 77 BR e 26 DG. A seguir repetem-se do outro onze Semedo e Telles, mas o quarto é mais uma novidade: Raúl Silva. O central do Marítimo, que vai jogar no Braga na próxima época, fez 28 jogos e marcou 7 golos! Participou em 13 CS, com 138 BR e 50 DG.

No meio-campo, repetem-se Pizzi e Gelson, mas o terceiro lugar no onze vai para Iuri Medeiros, que estava no banco no onze por pontos totais. E no ataque, entre Bas Dost (que também é o rei dos pontos por jogo) e Soares, aparece outro benfiquista que sofreu com as lesões: Jonas. O brasileiro fez 19 jogos, com 13 golos marcados e 5 assistências, mais 49 BR e 16 DG.

No banco de suplentes, os dois primeiros são repetidos do outro onze: Casillas e Marcano, do Porto. Depois surgem dois médios que são novidade. Diogo Jota, do Porto, participou em 26 jogos, somando uns impressionantes 8 golos e 7 assistências (mais 11 CS, 73 BR e 12 DG). O último lugar é para Renan Bressan do Chaves. O brasileiro naturalizado bielorrusso só chegou em Janeiro, mas foi peça chave nos transmontanos. Fez 15 jogos, marcou 4 golos e assistiu um. Tem ainda 5 CS, 98 BR e 34 DG.

Mas são estes os melhores dos melhores? Se não tivéssemos de encaixar os jogadores num plantel de 2 guarda-redes, 5 defesas, 5 médios e 3 avançados, como é que era? Não precisas tentar adivinhar. Temos aqui o Top 20 de jogadores da Liga Portuguesa, com os dois critérios já usados ali atrás: total de pontos e média de pontos por jogo (com mínimo de 990 minutos jogados).

Top 20 de jogadores da Liga Portuguesa (pontos totais)

Liga Portuguesa - Top 20 total pontos

Portanto, no top 20 de pontos totais, há 3 guarda-redes, 10 defesas, 4 médios e 3 avançados. O Porto é a equipa mais representada, com 6 jogadores, seguido de Benfica (4), Sporting (3), Rio Ave (3), Marítimo (2), V. Setúbal (1) e Boavista (1).

Top 20 de jogadores da Liga Portuguesa (média de pontos por jogo; mínimo de 990 minutos jogados)

Liga Portuguesa - Top 20 pontos por jogo

Aqui, temos 2 guarda-redes (muito para baixo na tabela), 10 defesas, apenas 3 médios e 5 avançados. Um dado curioso é que tanto o Benfica como o Porto têm três laterais neste top 20 (Grimaldo, Semedo e Eliseu; Telles, Maxi e Layún). Porto e Benfica dominam claramente este top, com 7 jogadores cada. O Sporting tem 2 e há quatro clubes com um jogador: Marítimo, Braga, V. Guimarães e Boavista (sendo que o do Vitória é emprestado pelo Porto e o do Boavista é emprestado pelo Sporting).

Agora, podes dizer que falta aqui aquele craque que faz umas fintas incríveis e outros que tais. Mas os números não mentem. E se a tua prestação na RealFevr tiver sido boa o suficiente para não te envergonhar perante os teus amigos, então de certeza que tiveste vários destes rapazes no plantel.

Quem se riu e quem chorou no adeus à Liga Portuguesa


Houve festa de alívio e lágrimas de desilusão. Estava em jogo a manutenção na Primeira Liga e os candidatos à descida eram três: Arouca, Moreirense e Tondela. Pelo sexto lugar, de acesso à Liga Europa, lutavam Marítimo e Rio Ave. Mas toda a emoção da jornada esteve nos aflitos. Por isso, fica a história para o fim. Primeiro, vamos aos jogos que já não interessavam para nada.

Os jogos onde já não se decidia nada

NACIONAL 1–2 V. SETÚBAL

Foi a vigésima primeira derrota do Nacional. A época horrível dos insulares acabou da mesma forma como começou, e como decorreu quase sempre, com uma derrota. Na primeira parte do jogo, só deu Vitória. Os sadinos controlavam o jogo e foram criando várias ocasiões de golo, com Edinho e João Amaral em evidência. A finalização é que falhava. O segundo tempo foi mais desinteressante. As poucas ocasiões que houve deram mesmo em golo. Primeiro o Vitória, com Edinho a marcar à segunda, num lance hilariante aos 74 minutos. Depois houve penálti para o Nacional e Zequinha converteu em golo, aos 88. Dois minutos depois, Zé Manuel só teve de encostar, após assistência de cabeça de Nuno Santos. O Vitória acaba com um triunfo depois de seis jornadas sem vencer.

V. GUIMARÃES 0–1 FEIRENSE

Depois da excelente ponta final de campeonato, o Vitória de Guimarães acabou por encerrar o campeonato com duas derrotas. A pensar já na final da Taça, os vimaranenses apresentaram um onze com muitas mexidas. No Feirense também houve algumas novidades no onze e o jogo acabou por ser equilibrado e dividido, sem ser brilhante. Os guarda-redes foram mostrando serviço e mantendo o nulo. Só aos 69 minutos apareceu o primeiro e único golo do jogo, com Tchuameni a encostar após um bom trabalho de Luís Machado. O Feirense termina a época com um fantástico registo de 48 pontos e fecha a Liga com quatro vitórias consecutivas.

BOAVISTA 2–2 BENFICA

Para o jogo de consagração, Rui Vitória fez o que se esperava e deu oportunidade a jogadores ainda não utilizados. No onze apareceram Pedro Pereira, Kalaica e Hermes, mas ainda houve titularidade para André Horta, Lisandro ou Filipe Augusto. O Boavista foi a melhor equipa na primeira parte e chegou à vantagem com um golo de Renato Santos. No segundo tempo, o Benfica entrou melhor, mas o Boavista aumentou a vantagem, aos 52’, por Schembri, com assistência de Iuri, que voltou a estar muito bem contra o Benfica. A resposta dos encarnados começou a desenhar-se ao minuto 71, quando Rafa fez uma arrancada e assistiu Mitroglou. O golo do empate surgiu no minuto 90, num canto de Zivkovic que Kalaica cabeceou para golo. Estreia de sonho para o jovem central croata.

SPORTING 4–1 CHAVES

O Sporting goleou no último jogo da época, com mais um hat-trick de Bas Dost, em que dois dos golos foram de penálti. O primeiro do holandês foi logo aos 11 minutos, de penálti. Depois ampliou a vantagem de cabeça, após canto de Matheus Pereira, ao minuto 15. À passagem da meia-hora, foi Matheus Pereira a marcar, encerrando a primeira parte demolidora dos leões. Depois do descanso, o Chaves reduziu por William, ao minuto 60. O resultado final só se fez já nos descontos, com novo penálti para o holandês, que assim acaba como melhor marcador da Liga. Um prémio de compensação para a má temporada dos leões, que também se podem gabar de ser a equipa que beneficiou de mais penáltis.

O sexto lugar e o acesso à Liga Europa

PAÇOS DE FERREIRA 0–0 MARÍTIMO

Bastava o empate ao Marítimo, para garantir o lugar de acesso à Liga Europa. E foi isso mesmo que os maritimistas fizeram, na deslocação à capital do móvel. Mas o Paços tentou estragar a festa. A equipa da casa foi sempre a mais perigosa e em várias ocasiões ameaçou a baliza de Charles Marcelo. No outro jogo, o Rio Ave ia vencendo e o Marítimo sabia que sofrer um golo seria o fim. Os sobressaltos iam surgindo, mas as redes mantinham-se invioladas. No final, a festa foi mesmo os verde-rubros.

RIO AVE 2–0 BELENENSES

No outro jogo desta luta, o Rio Ave fez o que lhe competia, vencendo o Belenenses. Os vila-condenses adiantaram-se no marcador logo aos 7 minutos, com um cabeceamento indefensável de Hélder Guedes, após cruzamento de Lionn. Aos 18, Rúben Ribeiro iam aumentando depois de combinar com Guedes, mas o remate foi à barra. Aos 31’, foi a vez de o Belenenses ameaçar, com Maurides a acertar também na barra. A segunda parte foi mais calma, mas deu para o Rio Ave ampliar a vantagem, num belo golo de Gil Dias, aos 85. Faltou a ajuda do Paços para chegar à Europa. Ainda assim, é uma época positiva para o Rio Ave.

A luta pela manutenção

ESTORIL 4–2 AROUCA; MOREIRENSE 3–1 PORTO; TONDELA 2–0 BRAGA

Foi o momento mais emocionante da última jornada. Às 18h de Domingo, entraram em campo Arouca, Moreirense e Tondela. Os três candidatos à descida jogaram com o Estoril, o Porto e o Braga, respectivamente. O Arouca foi ao Estoril com 2 pontos de vantagem para o Moreirense e 3 para o Tondela. Era, em teoria, quem tinha a tarefa mais fácil. Mesmo em caso de derrota, precisava de perder por dois e que o Tondela ganhasse por dois (ou outras conjugações que dessem +4 ao Tondela na diferença de golos face ao Arouca).

Foi logo no primeiro minuto de jogo que Adilson Goiano adiantou o Arouca no marcador. A festa, contudo, durou só cinco minutos, porque André Claro empatou de penálti aos 6. Aos 16’, em Moreira de Cónegos, Boateng adiantava o Moreirense frente ao Porto. Mas o jogo frenético era mesmo no Estoril. Aos 19 minutos, Carlinhos fez a reviravolta, adiantando o Esotirl. E à meia-hora, Bruno Gomes adiantou para 3–1. A vida do Arouca parecia complicar-se, mas no minuto seguinte Adilson Goiano bisou, colocando o resultado em 3–2.

Ainda nada estava perdido, porque o Tondela continuava a zeros. Aos 37 minutos, Fred Maciel fez golo para o Moreirense, que assim passava a vencer por 2–0 o Porto. Três minutos depois, más notícias para o Arouca, com o vermelho directo a Hugo Basto. E no minuto seguinte, Heliardo faz o primeiro do Tondela na recepção ao Braga. Foi aqui que se começou a desenhar a tragédia: o Moreirense a vencer, o Tondela a vencer e o Arouca a perder e a jogar com dez. Mas quando os jogos foram para intervalo, ainda era o Tondela que descia.

As segundas partes foram menos frenéticas, mas o primeiro facto de nota foi o segundo golo do Tondela, por Kaká, aos 64 minutos. O Arouca começava a tremer porque se o Tondela marcasse mais um, ou o Arouca sofresse outro, caíam para a Segunda Liga. Aos 66’, Maxi marca para o Porto e dá esperança. Se o Porto empatasse, era o Moreirense que descia. Mas aos 76 minutos, Gustavo Tocantins fez o quarto golo do Estoril. Os canarinhos foram impiedosos e atiraram mesmo o Arouca para o lugar de descida. Pouco depois, aos 83, novo golo do Moreirense, por Alex, que deitava por terra a descida do Moreirense.

Os últimos minutos foram de muitos nervos. O Moreirense estava tranquilo com a vantagem de 2 golos sobre o Porto, mas Arouca e Tondela estavam no equilíbrio dos golos. Bastava um golo do Braga frente ao Tondela ou um golo do Arouca frente ao Estoril, para que fosse o Tondela a descer. Mas Pepa conseguiu mesmo repetir o milagre de Tondela que Petit fez na época passada. Com a conjugação de resultados (Estoril 4–2 Arouca; Moreirense 3–1 Porto; e Tondela 2–0 Braga), era mesmo o Arouca a descer!

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