
O Sporting está praticamente afastado da luta pelo título, depois da derrota no Estádio do Dragão. Com a vitória do Benfica, os leões estão agora a 10 do líder e a 9 do Porto. A Liga parece encaminhar-se para uma luta a dois. Na luta pela Europa, o grande vencedor da jornada foi o Marítimo, uma vez que Sporting e V. Guimarães perderam e o Braga e o Chaves empataram.
PAÇOS DE FERREIRA 2–0 V. GUIMARÃES
Em Paços de Ferreira, a jornada 20 da Liga Portuguesa arrancou com muita chuva e um jogo em dois actos. O primeiro acto foi uma primeira parte de domínio total dos vimaranenses, com várias boas ocasiões desperdiçadas. Na segunda parte a história mudou. O Vitória continuou a ser a equipa dominadora, com mais posse de bola e domínios em quase todas as estatísticas, mas o Paços entrou com outra vontade. Nos momentos em que teve bola, o Paços criou perigo e chegou ao golo ao minuto 59, com Welthon a assistir Pedrinho, que encheu o pé num tiro indefensável. Dez minutos depois, Welthon fez o segundo, na cobrança exímia de um livre directo. Vitória da eficácia para o Paços.
CHAVES 0–0 BOAVISTA
Tal como em Paços de Ferreira, em Chaves a equipa da casa recebeu o Boavista num campo que mais parecia uma piscina. Aqui, os transmontanos foram claramente superiores, em toda a partida, mas as condições do terreno prejudicaram muito a qualidade do futebol. Houve inúmeras ocasiões — muitas delas surgidas de lances de bola parada — mas os lances desenrolavam-se sempre de forma atabalhoada, caricata, muito distante daquilo que reconhecemos como “futebol profissional”. Apesar dessas condicionantes, o Chaves teve ocasiões suficientes para levar os três pontos. O nulo final terá sido mais saboroso para os axadrezados.
PORTO 2–1 SPORTING
O jogo grande da jornada foi, como acontece muitas vezes nos clássicos, mais emocionante do que propriamente bem jogado. Os dragões entraram praticamente a ganhar, com Francisco Soares a marcar de cabeça, aos 7’, após cruzamento de Corona. Em estreia com a camisola azul e branca, Soares teve uma noite de sonho, apontando o 2–0 ao minuto 40, numa arrancada que deixou três defesas dos leões a correr atrás do prejuízo. Após o intervalo, os leões, que já tinham tido mais bola na primeira parte, dominaram ainda mais a partida. Aos 60’, Alan Ruiz marcou um grande golo, reduzindo a desvantagem. Os leões ameaçaram mais vezes, com Coates a ter algumas chances em lances de bola parada. Mas Casillas foi enorme e segurou a vitória pela margem mínima. Num jogo em que tiveram 66% de posse de bola, 13 remates contra 7 do Porto e 332 passes contra 142, os leões saíram do Dragão a 9 pontos do Porto e, saberia depois, a 10 do Benfica.
AROUCA 2–1 V. SETÚBAL
Num jogo em que o Vitória de Setúbal foi a equipa que dominou a partida, o Arouca arrancou os três pontos graças a um arranque forte. Aos 18 minutos, Kuca inaugurou o marcador, com um remate meio de bico, meio de trivela, que teve tanto de inesperado como de colocado. Aos 36, o mesmo Kuca aumentou a vantagem, desta vez de cabeça. Foi só a partir do 2–0 que o Vitória assumiu o comando. A equipa sadina beneficiou de um penálti no último lance da primeira parte, na sequência de uma falta sobre Mikel Agu. Edinho converteu em golo. Apesar disso, os vitorianos não conseguiram canalizar essa motivação para a segunda parte. Apesar do domínio da posse e das estatísticas, criaram poucas ocasiões e não marcaram mais golos.
BENFICA 3–0 NACIONAL
O Benfica entrou em campo no segundo lugar, após a vitória do Porto sobre o Sporting. Frente ao então penúltimo, o Benfica não vacilou e venceu sem sobressaltos. O primeiro golo surgiu ao minuto 26, por Jonas. O brasileiro já tinha desperdiçado duas ocasiões, mas com o cruzamento de Zivkovic não perdoou e cabeceou para o fundo da rede. Dez minutos depois, numa iniciativa individual, Jonas bisou num remate colocado de pé esquerdo. Na segunda parte, o Benfica manteve o domínio e controlo da partida, criou mais algumas chances, mas o golo só surgiu aos 81. Rafa entra em velocidade na área e passa atrasado para Mitroglou, que não perdoa. Os encarnados mantêm a liderança isolada, com mais um ponto que o Porto e mais 10 que o Sporting.
BELENENSES 0–0 TONDELA
Num jogo animado e repleto de ocasiões, o zero a zero final é enganador. As duas equipas empataram também no número de remates, dez para cada lado. Embora o Belenenses tenha tido bastante mais posse de bola, as ocasiões foram repartidas e algumas delas foram claríssimas. O nulo só se justifica com as boas intervenções de Cláudio Ramos e Cristiano nas balizas mas, ainda mais, com a falta de inspiração dos atacantes. Foi um festival de lances perdidos com o prémio do mais escandaloso a ir para Pedro Nuno, que falhou de baliza aberta. Apesar de tudo, o nulo favorece o Tondela que, com este ponto, abandona o último lugar, ficando com mais um que o Nacional. O Tondela viu ainda dois vermelhos, um para Yordan Osorio aos 70 e Murilo Freitas, no fim do jogo, que estava no banco.
MARÍTIMO 1-O MOREIRENSE
O Marítimo conseguiu mais uma vitória caseira, deixando os madeirenses mais próximos da Europa. O único golo da partida foi apontado aos 16 minutos, por Fransérgio, de cabeça, respondendo a um cruzamento de Éber Bessa. Num jogo onde não houve muitas ocasiões, e que nem sempre foi bem jogo, a única ocasião clara do Moreirense aconteceu no segundo tempo, quando Roberto Rodrigo atirou à barra, aos 78 minutos. O Moreirense continua sem vencer desde a conquista da Taça da Liga.
BRAGA 1–1 ESTORIL
Num jogo onde o Estoril fez uma boa primeira parte, foi do Braga a primeira grande ocasião. Battaglia aparece sozinho para cabecear, mas atira ao lado. As ocasiões iam-se sucedendo para os bracarenses, apesar da boa resposta canarinha. Ainda assim, o primeiro golo da partida pertenceu mesmo aos visitantes. Licá faz um cruzamento perfeito e Kléber cabeceia com força para o 0–1. Após o intervalo, o Braga foi mais mandão, à procura de inverter a situação. Aos 54 minutos, canto de Pedro Santos e Lazar Rosic a antecipar-se a toda a gente para empatar o jogo. O Braga podia ter dado a volta, mas Rui Fonte desperdiçou duas grandes ocasiões.
FEIRENSE 2–1 RIO AVE
Em Santa Maria da Feira, o jogo foi equilibrado, mas com poucas ocasiões de golo. O Feirense entrou cedo a ganhar, com um grande golo de Platiny, num remate acrobático, após cruzamento de Luís Machado. Pouco depois, aos 13’, Karamanos desperdiçou uma ocasião clara para aumentar a vantagem. O avançado grego viria a redimir-se já na segunda parte, aos 74’, com um bom golo, que aumentou a vantagem dos anfitriões. O Rio Ave ia tentando, mas parecia pouco esclarecido. Foi só ao minuto 90 que os vila-condenses reduziram, com um golo de Gonçalo Paciência após cruzamento de Rafa Soares. Os três preciosos pontos não escaparam à equipa da casa.