
A entrada demolidora do Boavista na Luz foi a grande surpresa da jornada. Aos 25 minutos, os encarnados perdiam em casa por 0–3! Depois houve a reacção, mas não foi além do 3–3. Em Chaves, o Sporting também não foi além de um empate, a duas bolas. Quem se ficou a rir de tudo isto foi o Porto e o Braga, que venceram os seus jogos e fugiram do Sporting, aproximando-se do Benfica. Um excelente aperitivo para a segunda volta do campeonato.
AROUCA 2–1 ESTORIL
Depois de uma primeira parte dividida, mas sem golos, o segundo tempo parecia não trazer grandes novidades. O Arouca, a jogar em casa, era a equipa mais perigosa, mas o Estoril não deixava de criar os seus lances ofensivos. Quando o jogo parecia condenado ao nulo, Adilson deu um pontapé na monotonia, colocando o Arouca a vencer aos 80 minutos. Oito minutos depois, já muito perto do fim do tempo regulamentar, Basso empatou para o Estoril, na sequência de um canto. E provando que este era um jogo em que toda a emoção se concentrava nos últimos minutos, o Arouca ainda recuperou a vantagem, aos 94’, por Kuca. Um balde de água fria para o Estoril, que ainda só conhece a derrota desde a chegada de Pedro Carmona ao comando técnico.
BENFICA 3–3 BOAVISTA
O que aconteceu nos primeiro 25 minutos no Estádio da Luz surpreendeu toda a gente. Aos 14, na cobrança de um livre directo, Iuri Medeiros inaugurou o marcador para os axadrezados. Aos 20’, livre lateral para o mesmo Iuri: cruzamento para o segundo poste e Lucas Tagliapietra aumenta a vantagem, com o seu terceiro golo da temporada. Cinco minutos, Schembri, a passe do endiabrado Iuri, colocou os visitantes a vencer por três. O descalabro total teve direito a uma boa resposta dos encarnados. Mitroglou saiu do banco ainda durante a primeira parte para marcar o primeiro do Benfica, aos 41. No segundo tempo, falta sobre Cervi — que entrou ao intervalo — deu penálti, que Jonas converteu. E aos 67, cruzamento de Zivkovic — outro saído do banco! — foi desviado por Fábio Espinho para a própria baliza, igualando a partida. A reacção encarnada começou a ser mais coração do que razão e a reviravolta total não foi alcançada.
V. SETÚBAL 1–0 NACIONAL
Apesar de alguma superioridade do Vitória de Setúbal, a recepção ao Nacional foi um jogo dividido. Para isso contribuiu também o nulo que se foi arrastando no tempo. Com oportunidades divididas, a primeira parte chegou ao fim empatada. No segundo tempo, a mesma toada, com o Vitória a dar menos espaço ao Nacional, que só criava perigo através de lances de bola parada. Quando já faltavam menos de 5 minutos para os 90, o Vitória chegou ao golo, por Frederico Venâncio, na sequência de um canto. Mais um rude golpe para a moral e classificação dos insulares, que permanecem em zona de despromoção.
CHAVES 2–2 SPORTING
Na complicada deslocação a Chaves, o Sporting percebeu cedo quão espinhosa seria a tarefa. Estavam decorridos apenas 4 minutos de jogo quando Perdigão cruzou para área, onde Rafael Lopes cabeceou para o 1–0. Os leões foram atrás do resultado, mas tiveram uma primeira parte sem grande intensidade. Ainda assim, já em tempo de compensação, Bas Dost desviou de cabeça um centro de Gelson para igualar a partida mesmo antes do intervalo. No segundo tempo, o Sporting teve menos bola do que na primeira, mas foi mais acutilante. Aos 73’, novo revés para os leões, com Ruben Semedo a ver o segundo amarelo e a ser expulso. Dois minutos depois, contudo, Bas Dost voltou a marcar, dando alguma tranquilidade ao Sporting. Mas já perto do fim, no minuto 88’, Fábio Martins aproveita um corte incompleto da defesa leonina e faz um chapéu perfeito a Rui Patrício, selando o empate final.
FEIRENSE 0–0 V. GUIMARÃES
Em Santa Maria da Feira, a equipa da casa teve uma tarefa difícil na recepção ao Vitória de Guimarães. Favoritos na partida, os vimaranenses impuseram esse estatuto em campo, sendo sempre a equipa mais perigosa e aquela que pareceu sempre mais perto do golo. O desacerto dos homens da frente, porém, não levou a bom porto as iniciativas ofensivas do Vitória. Com boas ocasiões em ambas as partes, o Vitória minhoto não foi além de um empate que soube a pouco.
MARÍTIMO 3–1 PAÇOS DE FERREIRA
O Marítimo de Daniel Ramos continuou a sua excelente caminhada na recepção ao Paços de Ferreira. Os insulares adiantaram-se no marcador logo aos 5 minutos, por Dyego Sousa, que desviou de cabeça um lançamento lateral. Três minutos depois, Raul Silva marcou na sequência de um canto, garantindo uma entrada super eficaz dos verde-rubros. O Paços reagiu, tentando reavivar o jogo para o seu lado. Aos 25’, num livre directo em zona fronta, Welthon atirou para o fundo das redes, reduzindo a vantagem. No segundo tempo o Marítimo conseguiu controlar as operações e chegou ao terceiro golo num penálti, cobrado por Dyego Sousa. O Marítimo fica assim isolado no sexto lugar da tabela.
PORTO 3–0 MOREIRENSE
Quando entrou em campo, o Porto já sabia que Benfica e Sporting tinham empatado os seus jogos. Uma vitória deixaria os dragões mais próximos do líder e mais adiantados face ao perseguidor. A recepção ao Moreirense acabou por ser o que se esperava, domínio total dos azuis e brancos, que se traduziu em golos. O primeiro surgiu à meia-hora de jogo, com Marcano a assistir Óliver que rematou sem hipóteses. Aos 42’, André Silva aumentou a contagem, na recarga a um remate de Corona. Ainda antes do intervalo, Francisco Geraldes viu o segundo amarelo, complicando a já quase impossível missão do Moreirense. A jogar contra 10, a segunda parte foi ainda dominada pelo Porto, que fez o 3–0 aos 62’, por Iván Marcano.
BELENENSES 1–0 RIO AVE
Num jogo muito morno e sem grande ocasiões, o Belenenses teve algum ascendente na primeira parte. Sem conseguir criar ocasiões flagrantes, contudo, o jogo chegou ao intervalo com um compreensível nulo. Após o descanso, o Rio Ave apareceu um pouco mais atrevido, mas o Belenenses continuou a ter sinal mais. A fraca inspiração dos homens da frente, contudo, fazia tardar os golos. Como acontece muitas vezes, teve de ser de bola parada. Aos 72 minutos, canto de Miguel Rosa, com Gonçalo Silva a cabecear forte para o fundo das redes, no único golo da partida.
BRAGA 2–0 TONDELA
Apesar de ser claramente favorito na recepção ao último, o Braga não conseguiu impor esse favoritismo no primeiro. Houve ocasiões para os bracarenses, é certo, mas o Tondela até foi a primeira equipa a dispor de uma chance clara; e teve outras. Na segunda parte, porém, a resistência do Tondela caiu cedo por terra. Um erro defensivo colocou a bola nos pés de Rui Fonte que, na cara do golo, não perdoou. Houve mais algumas ocasiões, mas só já perto do fim, aos 82, é que o Braga carimbou o resultado final, com um bis de Rui Fonte, após canto de Wilson Eduardo.